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A CAS (Corte Arbitral do Esporte) anulou nesta terça-feira (16) o processo envolvendo o atacante Gabigol, 27, do Flamengo, acusado de tentativa de fraude em um exame antidoping.
O julgamento terá de ser reiniciado após uma falha na intimação para a União Federal, que é parte do caso e não teve representante indicado. Com isso, o jogador perdeu o efeito suspensivo que havia obtido e volta a ficar impossibilitado de atuar até abril de 2025.
O atleta foi considerado culpado por tentativa de fraude em um exame antidoping. O tribunal entendeu que ele procurou impedir a realização de exame-surpresa pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) no centro de treinamento do clube, em 8 de abril do ano passado.
Ele também teria atrasado a coleta de sangue e de urina pela autoridade de controle de dopagem.
Gabigol foi denunciado com base no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem –“fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle de dopagem por um atleta ou outra pessoa”–, que prevê uma pena máxima de quatro anos de suspensão.
Cinco juízes votaram pela condenação do atleta, e quatro votaram pela absolvição.
O jogador recebeu suspensão de dois anos, mas, na prática, a não ser que consiga reverter a decisão, cumprirá apenas um.
O tribunal entendeu que houve uma demora no processo que não pode ser atribuída a Gabriel e apontou o começo do cumprimento em 8 de abril de 2023 –quando a coleta foi feita no CT do Flamengo–, ainda que a penalização não tenha se iniciado de fato no ano passado. O atacante está suspenso, portanto, até 8 de abril de 2025.
O episódio que gerou a punição ocorreu na véspera de um jogo do Flamengo contra o Fluminense, pelo Campeonato Carioca.
Na ocasião, oficiais da ABCD foram ao CT do clube rubro-negro para uma coleta sem aviso prévio, fora da competição, em uma prática também comum.
Apesar de o exame do jogador ter dado negativo para doping, as autoridades relataram situações que levaram Gabriel a ser acusado de fraudar ou tentar fraudar o exame, como ignorar a presença dos oficiais –o atleta não teria ido até eles antes do treino e, depois da atividade, foi almoçar ainda sem fazer o teste.
Também foi relatado que o jogador teria sido desrespeitoso e usado “linguagem rude” com os oficiais.
E, por fim, teria tentado evitar o contato visual dos agentes no momento em que urinava no pote, praxe adotada para comprovar que o atleta não tentou usar a urina de outra pessoa.
Naquele dia, o atacante não foi o único jogador do Flamengo testado.
Barbosa tem contrato até dezembro de 2024 com o Flamengo, onde está desde 2019. Pelo time rubro negro, conquistou a Copa Libertadores (2019 e 2022), o Campeonato Brasileiro (2019 e 2020), a Copa do Brasil (2022) e o Campeonato Carioca (2019, 2020 e 2021).
*folhapress
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