Esportes

Estatuto do Flamengo será assunto forte nos próximos anos

Da Redação*
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 17:59

Ricardo Lomba presidente do cd do Flamengo

Foto: Ascom/Flamengo

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Entre a construção do novo estádio e as finanças, o Flamengo também terá outro tema importante no horizonte nos próximos três anos. A reforma no estatuto do clube deve virar assunto nos corredores da Gávea. Entre os entusiastas da mudança está Ricardo Lomba, eleito presidente do Conselho Deliberativo.

“O estatuto do Flamengo precisa de uma reforma bastante ampla”, disse Ricardo Lomba.

Dentro da lista de necessidades, há uma ideia de mudança em relação às vice-presidências. O estatuto do Rubro-Negro prevê 19 cadeiras, mas a nova cúpula do clube pretende colocar à mesa uma proposta para o fim das vices específicas.

A intenção é implementar um novo formato de administração. Luiz Eduardo Baptista, o Bap (foto), por exemplo, vai anunciar uma diretoria mais enxuta nos próximos dias e há no horizonte a intenção de que o novo formato de administração passe a ser definitivo, com mudanças nas leis do Flamengo.

Discute-se também uma reforma eleitoral. Dentre os tópicos, a possibilidade de voto a distância. O tema já foi debatido em oportunidades anteriores, mas nunca foi à frente nas esferas competentes.

“Por que a gente não tem votação a distância? É uma coisa que já temos conhecimento de soluções tecnológicas há algum tempo. Já tivemos sessões remotas no Conselho na época da pandemia, seria importante continuar de forma híbrida. Eu não sou expert, mas certamente encontraremos soluções de TI para que isso aconteça. Da mesma forma, a própria eleição poderia ser assim. Por que não pode ter uma eleição para o sócio que mora fora do Rio votar no presidente?”, disse Ricardo Lomba, ao UOL.

Na Gávea, aponta-se para a avaliação de medidas para reduzir o poder da gestão em vigor em relação ao uso do clube de forma eleitoreira. No último pleito, houve diversas acusações neste sentido nas semanas que antecederam a escolha do novo presidente houve, por exemplo, apoiadores de Rodrigo Dunshee com camisas de campanha em pódio no Maracanã e evento com distribuição de camisas oficiais do Flamengo dias antes da eleição.

“O processo eleitoral, como um todo, precisa ser revisto, também para que coisas que vimos nessa eleição não voltem a acontecer. Talvez uma comissão permanente eleitoral independente, com um mandato maior. Defendo a criação do código eleitoral. Por óbvio, a chapa da situação tem a ‘máquina’ na mão, então já há uma influência. Se o presidente em exercício quer fazer o seu sucessor, o poder de alcance dele é muito maior. Acho que temos de equilibrar isso”, disse Ricardo Lomba.

“Sou absolutamente contra o uso indiscriminado da máquina. Você pode falar, claro, dizer que está apoiando fulano, já tem um impacto muito grande. Mas usar instalações do clube, a FlaTV, atletas do clube, enfim, eu acho que é um exagero e você torna a eleição desequilibrada. Há medidas que podemos incluir neste código eleitoral para evitar esse tipo de coisa”, completou Lomba.

No decorrer da gestão de Rodolfo Landim, houve tensão entre os conselheiros. Em outubro do ano passado, o UOL publicou uma matéria em que Conselheiros relataram um aumento nas demandas persecutórias e não esconderam que tal rotina causava temor.

“A gente tem visto casos absurdos de ataques pessoais, de perseguições a conselheiros, e associados. Fica dentro de um ambiente controlado muitas vezes por quem está perseguindo.”

Bap não deve utilizar vice-presidente de Futebol na gestão. Apesar de ter de escolher um vice de futebol devido ao que diz o estatuto, quem ocupar a função não será o comandante da pasta.

Lomba já foi vice de Futebol na gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Ele revela não ter conversado com Bap sobre o assunto, mas indica um pouco do que a chapa pensa sobre a hierarquização do trabalho no departamento e concorda que há outras formas de administrar a modalidade.

“Na minha primeira conversa com o Rodrigo Caetano, eu falei isso. ‘Olha, eventualmente eu vou fazer um monte de provocação aqui com você e a gente vai discutir. Mas lembre-se que entre a minha opinião e a sua, sempre vai prevalecer a sua’. Ele é o profissional da área. Não ficaria nem um pouco surpreso se o vice de futebol deixasse de existir. O que precisamos é de um grupo ou de uma pessoa que faça uma interlocução do futebol com a presidência”, disse Ricardo Lomba.

* ALEXANDRE ARAUJO E LUIZA SÁ (UOL/FOLHAPRESS)

 

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