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Com pouco mais de um terço dos atletas que competirão nas Olimpíadas de 2024, a delegação do Brasil se apresentou nesta sexta-feira (26) ao público em Paris, sobre as águas do rio Sena, na cerimônia de abertura dos Jogos, em sua 30ª edição da era moderna (iniciada em Atenas-1896).
Às 14h55 (no horário de Brasília, cinco horas atrás de Paris), as câmeras focalizaram, por cerca de 20 segundos, a embarcação que levava os brasileiros. A ampla maioria com bandeirinhas do país em uma das mãos, observando do convés a paisagem ao seu redor.
Naquele momento, não chovia, mas Paris teve um dia molhado, com garoa insistente nas horas que precederam a cerimônia, a primeira na história dos Jogos ria realizada fora de um estádio. E mesmo durante a passagem dos barcos.
No barco batizado de Bel Ami (Bom Amigo), exclusivo para os brasileiros, cada um trajava o criticado uniforme providenciado pela varejista Riachuelo: jaqueta jeans azul-marinho com um símbolo da fauna brasileira bordado às costas, camiseta (amarela, verde ou azul) por baixo, saia ou calça brancos e chinelos Havaianas.
À frente deles, na proa do barco, com uma bandeira do Brasil maior, os porta-bandeiras Raquel Kochhann, capitã do time de rúgbi sete, e Isaquias Queiroz, dono de quatro medalhas olímpicas na canoagem velocidade, ambos com histórias pessoais de superação.
Raquel teve câncer de mama e tumor ósseo no peito em 2022. Isaquias, quando tinha dez anos, precisou extrair um dos rins –o órgão ficou comprometido depois de ele cair de uma árvore.
Eram cerca de cem atletas no Bel Ami, de acordo com o COB (Comitê Olímpico do Brasil), de 11 esportes: atletismo, badminton, boxe, ciclismo (BMX e mountain bike), esgrima, handebol, hipismo (adestramento e saltos), judô, rúgbi, vela e vôlei de praia.
Nos Jogos de Paris, o Brasil tem ao todo 277 atletas, sendo mulheres a maioria (154).
Das modalidades presentes na abertura, seis (atletismo, boxe, hipismo saltos, judô, vela e vôlei de praia) já conquistaram medalhas para o Brasil em Jogos Olímpicos.
Também havia no Bel Ami alguns agregados do Time Brasil, gente que convive no dia a dia com os esportistas, como treinadores –incluindo veteranos de outras Olimpíadas como Letícia Pessoa, que orienta a dupla de vôlei de praia Carol/Bárbara.
Bárbara, medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio-2016, declarou, de dentro do barco, que “estamos muito felizes de estar aqui, a gente quer curtir muito”.
A maioria dos brasileiros aproveitou o percurso de seis quilômetros pelo Sena para, entre risadas e conversas ao pé do ouvido, tirar muitas fotos (de cartões-postais parisienses e selfies e mais selfies) e fazer gravações em vídeo para guardar para a posteridade e, logicamente, abastecer as redes sociais.
*LUÍS CURRO/ FOLHAPRESS
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