CBF recebe clubes da Série C e projeta fortalecimento da competição

O presidente da CBF, Samir Xaud, recebeu na manhã desta terça-feira (5) os representantes dos clubes que disputam a Série C do Campeonato Brasileiro. A reunião, realizada na sede da entidade, serviu para a gestão ouvir as impressões dos clubes sobre a competição, e, em conjunto, definir estratégias para o fortalecimento da terceira divisão nacional.

O encontro aconteceu na Sala Pelé e reuniu representantes dos 20 clubes da Série C, tanto presencialmente como de forma remota. O presidente Samir Xaud reforça que a aproximação entre a CBF e os clubes é um dos pilares de sua gestão. Reuniões deste tipo tem se tornado rotina na sede da entidade, que uma semana antes recebeu a da Série D.

“Nesse novo modelo de gestão nós colocamos o diálogo como carro-chefe. Tivemos reuniões com a Série B, a Série D e hoje com a Série C. Escutar os clubes, juntamente com as federações, é muito importante para a gente desenvolver o futebol em todo o Brasil”, disse Xaud.

Esta conduta foi destacada na fala de João Vitor Mazzer, representante da Série C na Comissão Nacional de Clubes. “Esta não é uma reunião que acontecia anteriormente. Agradecemos a forma como somos recebidos e entendemos que trabalhar juntos para tornar a Série C um produto atrativo é importante para todos”, disse.

Mazzer celebrou a atenção dada pela CBF à Série C, com repasses dos recursos sempre em dia, e trouxe sugestões para tornar a competição mais rentável, de forma a multiplicar o número de parceiros e apoiadores. Entre as sugestões, estavam maior possibilidade de publicidade, contratos para transmissão das partidas e uma eventual mudança no formato do campeonato.

Planejamento
Os pontos elencados pelos clubes já haviam sido atestados no diagnóstico feito pela atual diretoria da CBF ao assumir a gestão. Segundo Flavio Zveiter, vice-presidente da CBF, está em curso um processo de análise de cada competição organizada pela entidade, e hoje, apesar de bem trabalhada esportivamente, foi identificado que a Série C pode passar por um “rebranding”, de forma a tornar-se um produto com maior apelo comercial.

“Estamos verificando o que está negociado, quando contratos encerram, e assim analisamos o aspecto comercial de cada competição. Identificamos que a Série C pode ser melhor trabalhada em aspectos como marketing e comercial. O trabalho é para que em 2026 a gente tenha a criação deste produto já iniciado”, disse Zveiter.

Poder oferecer aos clubes respostas imediatas às questões levantadas tem sido uma vantagem construída pela atual gestão em pouco mais de 60 dias à frente da CBF. “Venho de uma federação pequena e por ter participado ativamente da Série D, sei dos anseios e necessidades. Isso torna mais fácil a gestão como um todo. Tanto que nos nossos projetos, nos nossos planos de trabalho, já estavam contemplados vários pontos que os clubes trouxeram aqui”, disse o presidente Samir Xaud, que vislumbra o anúncio de resultados da reunião para os próximos 60 dias.

Clubes
Entre os participantes da reunião, Mirian Monte, presidente do CSA, era a única mulher presente. Liderando um clube que, além da Série C, disputa ainda a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste, Mirian destaca o quanto a terceira divisão abriga clubes de massa e grande relevância no cenário nacional.

“Essa reunião é um grande avanço, justamente por trazer a gestão compartilhada. É preciso compartilhar, e para compartilhar é preciso conhecer. A Série C é uma divisão com clubes de tradição, de camisa, que representam estados da federação, municípios importantes no nosso país e que levam esse apelo de público, de povo, um apelo comercial importante”, disse.

Parte imprescindível desta aproximação entre os clubes e a CBF são as federações estaduais. Em sua fala, Mirian ressaltou a parceria com a Federação Alagoana de Futebol (FAF), responsável por representar o CSA e demais agremiações do Estado junto à CBF. Felipe Feijó, presidente da FAF, foi um dos representantes de federações na reunião.

“A reunião foi mais um passo importante nessa construção que o presidente Samir sempre tem falado, de unir forças. Todos que fazem o futebol precisam sentar-se na mesa, conversar. Com diálogo e boa vontade a gente consegue construir tudo. O fortalecimento das competições nacionais acaba fortalecendo as competições estaduais. É uma construção, uma pirâmide, onde todo mundo precisa se ajudar”, disse Feijó.

* Ascom/CBF