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Em sua segunda passagem pelo Santos, Carille encontrou o clube em seu pior momento na história. Em pouco tempo ele recolocou o clube numa final, em sintonia com a direção. Diferentemente de 2021, quando salvou o time do rebaixamento, mas uma traição o levou à demissão.
Carille está passando por sua redenção no Santos e conseguiu, com respaldo da direção e voz ativa nos bastidores, levar o time a uma final. O Peixe enfrenta o Palmeiras no domingo, às 18h, na Vila Belmiro, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Paulista.
Carille participou ativamente das contratações de Gil, João Schmidt, Giuliano e Guilherme. O treinador ligou para os atletas para apresentar o projeto e convencê-los a fechar com o Peixe.
A relação com o presidente Marcelo Teixeira e demais membros da diretoria é definida como ‘excelente’. Carille é constantemente consultado nos bastidores. Marcelinho, filho do presidente e participante da direção, é um dos mais próximos do treinador.
A gestão de grupo foi um dos pontos mais fortes para que o Santos chegasse à final do Paulista. Carille é muito cuidadoso na rodagem do elenco e em passar confiança. Pedrinho, por exemplo, é visto com muito potencial, mas precisa amadurecer as definições na frente do gol. Carille cuidou pessoalmente disso na semana livre e viu o atacante dar duas assistências contra o RB Bragantino.
A liberdade para definir o time e desenvolver o trabalho no CT Rei Pelé sem se sentir ‘observado’ também é levada em consideração. Dessa vez, Carille trabalhou sem a pressão de ser demitido em caso do time oscilar, o que ocorreu.
Em 2021, Carille fez sua primeira passagem pelo Santos com o intuito de salvar o time do inédito rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O treinador cumpriu com o combinado, mas teve o tapete ‘puxado’ por Edu Dracena, executivo de futebol da época.
Não tenho problema nenhum de falar, o dia a dia com ele [Dracena], não tive problema. Mesmo sabendo, e eu já sabia, desde 2021, que ele não me queria aqui. Mas como a gente terminou 2021 bem, houve um apelo da torcida para a minha permanência, e aí o presidente Rueda resolveu renovar comigo, mas eu já sabia, acreditava que poderia mudar isso. E isso só foi ruim para o Santos, eu segui minha vida, o Dracena está seguindo a vida dele, e isso aí só foi ruim para o Santos.
Em período financeiro ruim, o Santos tinha dificuldade para contratar, mas Carille ainda assim indicava nomes para Andres Rueda, que nunca os recebeu. Dracena recolheu nomes que interessava a Carille, mas não os repassou para o presidente.
Em 2022, o Santos oscilou no início do Campeonato Paulista e Dracena passou a pressionar a saída de Carille. Com o argumento de que o time não evoluiu e se firmou, o executivo criou a atmosfera ruim para tirar o treinador do clube.
Inicialmente, Rueda bancou a permanência de Carille, mas o apoio durou pouco. Além de Dracena, que puxou a fila, o Comitê de Gestão da época também criticou o trabalho do treinador e pediu a saída.
Carille deixou o clube com o Santos em segundo na tabela do grupo D, com nove pontos, atrás do RB Bragantino, com 13. Foram apenas sete rodadas do Paulistão à frente da equipe.
* SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS)
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