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Foto: Ascom/Flamengo
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Parecia a ocasião perfeita para um retorno com traços apoteóticos. O camisa 9, tão amado, estava de volta. Torcida animada, jogo de Libertadores, contra um adversário teoricamente fraco.
Deu tudo errado. Um caos admitido pelo próprio treinador do Flamengo tirou o brilho da volta de Pedro aos gramados.
Sete meses depois, ele lutou, em vão, para amenizar os problemas de um time que perdeu de forma surpreendente no Maracanã para o modesto Central Córdoba por 2 a 1.
Mas os problemas recentes do time, muitos ligados à falta de eficiência ofensiva, ajudam a sublinhar justamente por que Pedro fez tanta falta. E pode ser tão importante na tentativa de correção da vibe negativamente caótica do Flamengo daqui para frente.
A vitória mesmo só foi a volta do centroavante depois da recuperação da lesão de ligamento cruzado, quando estava na seleção, em setembro do ano passado.
“Foi uma noite, individualmente falando, que foi uma vitória. Voltei em um tempo bom, respeitando cada fase. Mas infelizmente não foi do jeito que eu esperava, com vitória. A gente precisava da vitória em casa. Mas a gente tem feito um ano muito bom. Espero poder voltar à minha melhor forma em campo. Vai ser com jogos, com minutagem”, disse Pedro, ainda no Maracanã.
BRAÇOS ERGUIDOS
O braço erguido na prece de agradecimento aos céus, gesto logo na entrada do aquecimento, foi substituído pela tentativa de chamar atenção na área. Curado da lesão, o pedido agora era por um passe, um cruzamento ou qualquer coisa que viabilizasse uma finalização. Não apareceu.
Pelo menos a volta de Pedro serviu como afago ao jogador.
Recebeu carinho do torcedor antes da partida, ouviu o frisson da arquibancada quando foi chamado para entrar já aos 27 minutos do segundo tempo e também o canto: “Olelê, olalá, o Pedro vem aí e o bicho vai pegar”.
E aqui vai um parêntesis: grito sem xingamentos ou apelidos que podem constranger membros de famílias mais puritanas.
Já não podemos falar o mesmo do centroavante que foi titular. “Juninho X…eca!”, gritou a torcida quando ainda estava tudo bem no jogo. Ou seja, pouco depois do apito inicial.
MAS E O CAOS?
Voltando a Pedro, ele foi a campo já numa iniciativa final de Filipe Luís de jogar o Central Córdoba nas cordas. Só que quem estava afobado e desconfortável no jogo era o Flamengo.
Atacantes e mais atacantes. Tanto que quem saiu para Pedro entrar foi o lateral-esquerdo (!) Alex Sandro. Plata virou um ala improvisado e entrou na fila de cruzamentos sem destino que rondaram a área do Central Córdoba.
Luiz Araújo e Wesley foram outros que usaram desse expediente. A bola alçada que chegou mais perto de Pedro já veio com um carimbo de inalcançável. Mesmo se ele estivesse na melhor forma de 2024.
Falando em cruzamento, o último ato do jogo foi uma série de três escanteios curtos batidos por Pulgar. Nenhum achou Pedro.
O camisa 9 só conseguiu participar efetivamente de uma jogada ofensiva ao preparar ao seu melhor estilo, de costas para o marcador uma finalização fatiada por Luiz Araújo. O goleiro defendeu.
Pedro reencontra o Flamengo em momento de instabilidade. Bruno Henrique até cobriu bem o papel de 9 improvisado. Juninho, apesar de gols recentes na final do Carioca e no Brasileirão, não empolga. A volta dele pode ajudar a solucionar os problemas recentes de afobação e falta de letalidade ofensiva.
“Muito feliz por tê-lo de volta, é um jogador super importante, e um diferencial para a gente. Espero que ele possa ter uma sequência de treinamentos, de minutos, para que ele possa voltar à forma ideal para conseguir jogar um jogo todo”, disse Filipe Luís.
A próxima chance pode ser domingo, contra o Grêmio, fora de casa, pelo Brasileiro.
* BRUNO BRAZ E IGOR SIQUEIRA (UOL/FOLHAPRESS)
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