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Copa do Mundo de Clubes: calor e raios provocam transtornos

Da Redação*
Publicado em 20 de junho de 2025 às 9:35

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

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Os primeiros dias da Copa do Mundo de Clubes tiveram goleadas, resultados inesperados e obstáculos ambientais. As condições climáticas observadas no verão dos Estados Unidos vêm tendo influência considerável nas partidas, disputadas sob temperaturas elevadas e ameaçadas por vezes, paralisadas por raios e tempestades.

A questão preocupa para a sequência da própria competição e para outro torneio organizado pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), em 2026. A tradicional Copa do Mundo de seleções ocorrerá também na América do Norte, na mesma época do ano, com os 104 jogos divididos entre Estados Unidos (78), México (13) e Canadá (13).

O Mundial de Clubes teve, em três dias consecutivos, em diferentes cidades, duelos atrasados ou paralisados sob a justificativa de “severas condições climáticas”. Foi o caso de Ulsan HD x Mamelodi Sundowns, em Orlando, Pachuca x RB Salzburg, em Cincinnati, e Palmeiras x Al Ahly, em East Rutherford.

No caso do jogo do Palmeiras, nesta quinta-feira (19), a interrupção pegou de surpresa os jogadores, pois nem sequer chovia na área do MetLife Stadium. As autoridades policiais reportaram, porém, o risco de raios, e foi executado o rígido protocolo de segurança, com a evacuação do gramado e das arquibancadas.

A partida foi reiniciada cerca de 50 minutos mais tarde, ironicamente sob chuva. Ou seja, foi só quando a água começou a cair que a bola voltou a rolar –embora, claro, segundo as autoridades da região de Nova Jersey, o estádio estivesse naquele momento livre da possibilidade de descargas elétricas.

Os representantes da Fifa na arena disseram que as decisões sobre atrasos e interrupções são tomadas em conjunto com as autoridades locais. Os Estados Unidos têm um protocolo firme, com base em orientações do NWS (Serviço Nacional de Meteorologia), que deve ser “cumprido sem exceções”.

Não é exclusividade da Copa do Mundo de Clubes. Também na tarde de quinta, em Nova York, perto de onde jogava o Palmeiras, chegou a ser interrompido o confronto entre New York Yankees e Los Angeles Angels, válido pela MLB (Major League Baseball, a liga nacional de beisebol), no Yankee Stadium.

O regulamento do Mundial não trata especificamente dessa questão. O item 35.6 aborda as condições climáticas, mas no que diz respeito a altas temperaturas. O texto prevê a possibilidade de pausas para “resfriamento”, para a hidratação dos jogadores. Essa possibilidade tem, de fato, sido colocada em prática.

“É impossível, um calor horrível”, afirmou o lateral direito espanhol Marcos Llorente, queixando-se dos termômetros acima dos 30o C na derrota por 4 a 0 do Atlético de Madrid para o Paris Saint-Germain, no último domingo (15), em Pasadena. “Meus dedos dos pés estavam doloridos, minhas unhas doíam. Eu não conseguia frear nem arrancar. É inacreditável.”

A Fifa disse que seus médicos “estão em contato constante com os clubes participantes da Copa do Mundo, para cuidar da gestão do calor e da aclimatização”. Em nota, a entidade apontou ainda que “estabeleceu oficiais médicos nas sedes para trabalhar em cooperação com as autoridades locais em questão de saúde, incluindo o enfrentamento ao calor”.

* FOLHAPRESS

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