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O Brasil reagiu com protagonismo de seu capitão, venceu a Ucrânia por 3 a 2, nesta quarta (2), e conquistou a classificação na garra à final da Copa do Mundo de Futsal de 2024, no Uzbequistão. Maior campeã do torneio, a seleção brasileira está de volta a uma decisão após 12 anos e busca o hexacampeonato.
O capitão Dyego foi o herói brasileiro, responsável pelos três gols brasileiros na volta do intervalo — um deles foi creditado como gol contra. Igor Cherniavskyi havia colocado a Ucrânia à frente no placar nos minutos finais da primeira etapa, e Korsun fez o outro dos rivais.
O adversário na final sairá de Argentina x França e será definido nesta quinta (3). Os argentinos, junto dos brasileiros, são os únicos campeões que continuam vivos no torneio. A grande decisão será disputada no domingo (6).
A seleção ficou atrás no placar pela primeira vez no torneio, mas conseguiu se reerguer com direito a virada relâmpago. Dono do melhor ataque e também da melhor defesa, o Brasil chegou à semi avassalador, com 35 gols feitos e apenas três sofridos nos cinco jogos anteriores.
O Brasil busca apagar as frustrações das duas edições anteriores em sua sétima final da Copa de Futsal. Depois da conquista do último título, em 2012, os pentacampeões não chegaram nem entre os quatro melhores em 2016, e acabaram se contentando com o 3º lugar em 2021 após derrota para a Argentina na semi.
Primeiro tempo dramático
O Brasil controlou a posse, mas encontrou poucas brechas na compacta defesa ucraniana e sofreu com contra-ataques no primeiro tempo. Os adversários pressionando alto no início e depois se fecharam no próprio campo, sempre com marcação pegada. Apesar de dominar as ações, a seleção não conseguiu impor seu ritmo no jogo. A criação ficou limitada, e o nervosismo deu as caras com o decorrer do tempo.
O drama brasileiro começou com o gol anulado de Lino e aumentou após sair atrás no placar pela primeira vez no torneio. Aproveitando erro do Brasil, a Ucrânia marcou faltando poucos minutos para o intervalo, e o gol pesou nos pentacampeões.
Dyego chama o jogo para si
A seleção voltou do intervalo eletrizante, fez dois gols em menos de dois minutos embalada por Dyego e virou a partida. Com novo ânimo, a equipe de Marquinhos Xavier ainda teve chances para ampliar e “matar” o jogo, mas não conseguiu aproveitar.
O Brasil administrava a vantagem, mas pagou caro por um erro na defesa e levou o empate, esquentando a partida de novo. Os ucranianos sentiram a virada e não levavam tanto perigo, só que não deixaram passar a oportunidade cedida. Apesar da igualdade no placar, os brasileiros davam a impressão na quadra de que estavam perdendo, e os adversários só não marcaram o terceiro por causa do goleiro Guitta, que saiu do banco para ser fundamental na partida.
A seleção patinava, até que foi premiada com um tiro livre, e Dyego coroou sua atuação na classificação. Já Marcel, artilheiro e principal nome do Brasil na Copa, não teve um jogo inspirado. O camisa 6 balançou a rede dez vezes no torneio, mas não conseguiu se encontrar na quadra e passou em branco contra a Ucrânia.
O pivô Pito, eleito melhor do mundo, ficou novamente o banco brasileiro. O camisa 10 foi poupado nas oitavas por ter sentido o músculo posterior da coxa direita em treino na véspera. Ele ficou como opção nas quartas e de novo na semi, mas não chegou a sair da reserva.
Gols e destaques
Trave lá e cá. As duas seleções esbarraram no poste para inaugurarem o placar. Aos 6′ do 1º tempo, Arthur ficou com a sobra após roubada de bola e acertou a trave. Pouco depois, foi a vez de Abakshyn girar sobre a marcação brasileira e mandar uma bomba que também explodiu na trave.
Gol anulado: Na marca dos 9 minutos, Arthur bateu e o goleiro Sukhov defendeu, mas cedeu rebote. Lino apareceu para dividir, roubou a bola quando o goleiro tentava segurar e mandou para o fundo da rede. O gol, no entanto, foi anulado após revisão no ‘VAR’. A Ucrânia desafiou, o árbitro foi ao monitor e entendeu que o ucraniano tinha o controle da bola.
1×0: Aos 17′, o Brasil errou na reposição de bola. Cherniavskyi recebeu a roubada de bola, puxou para dentro e bateu no cantinho. A bola resvalou em Marlon no meio do caminho e atrapalhou o goleiro Willian.
1×1: No primeiro minuto do 2º tempo, Dyego avançou pela esquerda, disparou até a linha de fundo e bateu cruzado, com veneno. A bola bateu no pé do defensor e entrou no próprio gol. Foi creditado como gol contra de Semenchenko.
2×1: No minuto seguinte, Rafa roubou no ataque e serviu Dyego na área. O camisa 7 chutou em cima do goleiro e aproveitou o rebote para marcar o segundo, desta vez de cabeça.
2×2: Aos 9′, Neguinho errou na defesa como último homem, entregou a bola e o Brasil levou o empate.
Tiro livre e 3×2: Aos 16′, a Ucrânia cometeu a sexta falta. Dyego foi para o tiro livre, a bola ainda bateu no goleiro, mas passou e estufou a rede.
* André Martins (Uol/Folhapress)
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