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Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
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Quando entrar no gramado do estádio Monumental de Lima, no Peru, para a disputa da final da Copa Libertadores, no próximo sábado (29), o meia Andreas Pereira terá uma motivação extra na busca do tetracampeonato da competição pelo Palmeiras.
De carreira internacional marcante, com passagens pela seleção brasileira e por grandes clubes europeus como Manchester United e Lazio, o jogador de 29 anos acabou ficando marcado na lembrança de muitos torcedores em especial de palmeirenses e flamenguistas pela falha que cometeu na final da Libertadores de 2021.
Na decisão do torneio continental há quatro anos, no Centenário, em Montevidéu, também entre Palmeiras e Flamengo, Andreas Pereira, então defendendo as cores do rubro-negro, protagonizou o lance, já no fim da partida, que custou o título ao time carioca.
Após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar gols de Raphael Veiga (Palmeiras) e Gabigol (Flamengo), o meio-campista nascido na Bélgica, mas filho de pais brasileiros, se atrapalhou com a bola logo no início da prorrogação, após receber passe de David Luiz próximo da entrada da grande área.
O meia caiu no gramado ao tentar recuar para o goleiro Diego Alves e viu Deyverson roubar a bola e partir em velocidade rumo ao gol adversário para fazer o segundo do Palmeiras, tento que renderia o tricampeonato ao alviverde.
O jogador chegou a declarar meses depois que, por causa do erro cometido, precisou reforçar sua segurança, com o uso de carro blindado.
“Foi um inferno. Na volta ao Brasil, as pessoas queriam destruir o ônibus, atacar minha casa. Tivemos que sair do ônibus antes e pegar outro carro, que não é normal. [Era um veículo] à prova de balas”, afirmou em entrevista ao podcast FiveUK.
Um dos principais jogadores do elenco flamenguista na época, Andreas Pereira demonstrou ter sentido o baque e caiu de rendimento nas partidas seguintes. Ele ainda chegou a participar de parte da campanha da Libertadores de 2022, marcando o gol da vitória por 1 a 0 contra o Tolima, pelas oitavas de final.
Porém, não teve o contrato renovado pela direção rubro-negra e seguiu para o Fulham, da Inglaterra, meses antes de o Flamengo conquistar o título continental daquele ano em uma final brasileira contra o Athletico-PR.
Com regularidade e boas apresentações pelo clube inglês que costuma brigar apenas no meio da tabela da Premier League, o meia voltou a entrar no radar de equipes brasileiras. Também interessado em retornar ao país para entrar no radar do técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi anunciado em agosto como novo reforço do Palmeiras, em negócio estimado em 10 milhões de euros (R$ 62 milhões).
O clube já havia tentando sua contratação na janela do início de ano, mas na ocasião não conseguiu fechar negócio.
Com Raphael Veiga em uma temporada sem o mesmo brilho de anos anteriores e a venda de Richard Ríos para a Europa, Andreas Pereira rapidamente assumiu posição de destaque no meio de campo do renovado plantel do técnico Abel Ferreira.
Na posição de primeiro volante, teve atuação destacada nas semifinais da Libertadores, contra a LDU, quando o time paulista conseguiu reverter a desvantagem de 3 a 0 no jogo de ida, em Quito, com uma vitória por 4 a 0 na partida de volta, em São Paulo.
“Esse tipo de jogador não precisa perguntar para o treinador se ele gosta ou não gosta, porque sabemos todos da qualidade que ele pode trazer para a nossa equipe”, afirmou Abel Ferreira, ao comentar sobre a chegada de Andreas ao elenco.
Em 18 partidas até aqui com a camisa verde e branca, o meia marcou duas vezes e deu uma assistência.
Questionado durante sua apresentação na Academia de Futebol sobre a falha de 2021, o jogador procurou minimizar o erro e projetar os novos desafios no clube.
“O que aconteceu ficou no passado para mim. Cheguei neste grande clube e quero escrever minha história aqui”, disse o jogador.
Ele enfrentará o Flamengo pela segunda vez na decisão de sábado a primeira foi em outubro, pelo Campeonato Brasileiro, que terminou com vitória rubro-negra por 3 a 2, quando o meia foi bastante vaiado pela torcida presente no Maracanã a cada vez que pegava na bola.
“Sou profissional e não ligo para provocações. Quero mostrar meu futebol, fazer gols, dar assistências e conquistar vitórias.”
* LUCAS BOMBANA (FOLHAPRESS)
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