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No dia 29 de janeiro é celebrado o Dia da Saudade, um sentimento universal que atravessa gerações e inspira incontáveis versos. Para marcar a data, a reportagem da Rádio Caturité FM conversou com poetas e poetisas que compartilham como a saudade influencia suas criações e se transforma em poesia.
A poetisa Milene Augusto, que escreve desde os 12 anos e faz parte do grupo “Mulheres de Repente”, destaca que a saudade carrega um lado bonito. “Eu acho que a gente só tem saudade daquilo que foi bom, que marcou nossa vida e fez parte da nossa história. O lado bom da saudade é ter algo ou alguém para sentir falta. É saber que a vida é passageira e aproveitar ao máximo ao lado de quem amamos.”
Já o poeta Robson Renato, autor de seis livros e dezenas de cordéis, vê na saudade uma das maiores inspirações para sua poesia. “Sentir saudade é coisa de quem ama, de quem tem apego emocional. A saudade nos lembra de momentos felizes e é ela que faz a poesia fluir. Quem sente saudade no presente é porque viveu algo bom no passado. No fim, a saudade nos ensina a valorizar o que temos hoje”.
A glosadora Francisca Araújo reforça a complexidade do sentimento, que pode ser tanto uma lembrança doce quanto uma ausência dolorosa. “A saudade não tem aviso, às vezes chega devagar, às vezes invade com tudo. Pode se manifestar em cheiros, sons, memórias. Como dizia Melo Patriota, ‘saudade é um grito mudo chamando quem foi embora’. Mas ela também pode nos animar, ao recordar momentos que nos fizeram felizes. No fim, a essência da saudade é aquilo que foi bom e deixou marcas na alma”.
Para esses poetas, a saudade não é apenas um sentimento, mas um combustível para transformar lembranças em versos e eternizar no papel aquilo que a vida já levou.
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