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Leia a repercussão nacional do debate entre os dois candidatos a prefeito de João Pessoa, publicada pelo jornal Folha de São Paulo
O último debate antes do segundo turno foi marcado por troca de acusações entre os candidatos Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL), que disputam a prefeitura de João Pessoa. O encontro aconteceu na TV Cabo Branco, afiliada da Globo na Paraíba, na noite desta sexta-feira (25).
O atual prefeito criticou a gestão do ex-ministro da Saúde durante o governo Jair Bolsonaro, enquanto o candidato do PL fez menções à operação da Polícia Federal que apura aliciamento violento de eleitores e nomeações de indicados por facções criminosas na prefeitura.
As investigações indicaram a existência de um esquema criminoso em que integrantes da prefeitura viabilizavam a nomeação de servidores comissionados indicados por membros de facções. Em contrapartida, o grupo do prefeito receberia o apoio político e controle de territórios nas eleições.
Logo no início do debate, Queiroga perguntou a Cícero sobre a operação da Polícia Federal. “João Pessoa tem uma parceria ilícita entre facções criminosas com altos integrantes da gestão pública. Posso comparar isso com o câncer”, disse o candidato do PL, que é médico.
Na resposta, o candidato à reeleição citou acusações feitas pela CPI da Covid no Senado contra Queiroga.
“Uma vida importa, quanto mais 700 mil vidas. Isso não é estatística, é dor, é sofrimento. O pior ministro da Saúde do Brasil não trouxe nada para sua terra natal”, disse Cícero.
O prefeito acrescentou que o rival “cortou em 60% o orçamento da Farmácia Popular”, enquanto a sua gestão “entrega medicamentos em casa”. Também afirmou que, na sua visão, as vacinas chegaram atrasadas à cidade durante a pandemia, alfinetando o ex-ministro.
Ao longo do debate, Queiroga disse que, se eleito, não permitirá regulação paralela na saúde. O candidato do PL também defendeu sua gestão como ministro do governo Bolsonaro. Ele, porém, evitou citar o ex-presidente durante as falas.
“Assumi o Ministério da Saúde num dos momentos mais difíceis. Fizemos a maior campanha de vacinação que esse país já fez. E estamos vendo como está o atual governo, está faltando vacina. Os números de óbitos pela Covid caiu 90% seis meses depois que eu assumi”, disse.
A troca de farpas prosseguiu mesmo quando o tema era determinado. No debate sobre emprego, Queiroga disse a Cícero que “quem tem bastante emprego é o pessoal da facção para indicar na sua gestão”.
O prefeito disse que viu a fala como ofensiva aos servidores da prefeitura de João Pessoa, os quais classificou como “trabalhadores honestos”.
“Os trabalhadores da prefeitura de João Pessoa são honestos e dignos, como os da saúde, que, quando as vacinas chegavam, mesmo atrasadas, eles arriscavam suas vidas para salvar as pessoas”, disse o candidato do PP.
Queiroga também disse que, se eleito, não colocará parentes em cargos da gestão. Cícero Lucena tem sua filha como secretária-executiva de Saúde na prefeitura.
No transporte, Queiroga prometeu congelar o preço das passagens dos ônibus durante eventual gestão. Cícero Lucena prometeu a construção de quatro novos terminais de ônibus.
Na área do turismo, o candidato à reeleição prometeu investimentos em equipamentos de cultura que possam atrair turistas. Queiroga aproveitou o momento para criticar o adversário e disse que “João Pessoa pode virar um Rio de Janeiro se as facções seguirem com influência na prefeitura”.
*JOSÉ MATHEUS SANTOS/folhapress
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