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A Justiça determinou, nesta terça-feira (1º), a soltura da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, que havia sido presa pela Polícia Federal no último sábado (28) durante uma operação que investigava crimes de aliciamento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais de 2024. A decisão foi da juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral da Paraíba, que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares.
Entre as restrições impostas a Lauremília estão a proibição de frequentar determinados bairros da capital paraibana, como São José e Alto do Mateus, além de órgãos públicos ligados à Prefeitura de João Pessoa. A primeira-dama também está proibida de manter contato com outros investigados e de se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização judicial. Além disso, ela deverá usar tornozeleira eletrônica e cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.
Lauremília é investigada por suspeita de envolvimento em um esquema com uma facção criminosa para influenciar o resultado das eleições municipais de 2024. A primeira-dama e sua secretária, Tereza Cristina, também presa, teriam nomeado pessoas indicadas pelo grupo criminoso para cargos na Prefeitura de João Pessoa. A operação investiga crimes como peculato, coação eleitoral e constrangimento ilegal. O prefeito Cícero Lucena (PP), marido de Lauremília, não é citado no processo.
A defesa da primeira-dama, representada pelos advogados Gustavo Botto e Walter Agra, já protocolou um habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) na tentativa de derrubar as medidas cautelares impostas pela juíza. Na tarde desta segunda-feira (30), o pedido seria analisado pelo plenário do TRE-PB, mas a corte decidiu alterar o relator do caso, adiando a decisão para quarta-feira (2).
Durante a sessão, o advogado Walter Agra elogiou a celeridade da Justiça Eleitoral, mas destacou que sua cliente já estava há 48 horas sem uma resposta sobre o habeas corpus. Ele afirmou que a sociedade também aguardava uma solução para o caso.
Pelas redes sociais, o atual prefeito Cícero Lucena comemorou a decisão da Justiça, pois, segundo ele, a primeira-dama foi presa injustamente.
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