O candidato a prefeito de João Pessoa pelo Partido Liberal (PL), Marcelo Queiroga, afirmou que não há possibilidade de seu partido se aliar ao PT na disputa eleitoral de 2024. No entanto, o ex-ministro da Saúde deixou claro que, caso avance para o segundo turno, não recusaria votos de eleitores petistas, incluindo o de Luciano Cartaxo, ex-prefeito da capital paraibana e atual candidato ao cargo pelo Partido dos Trabalhadores.

“Meu partido não vai se aliar ao PT, assim como o PT não se alia a nós, porque estaríamos enganando o povo de João Pessoa. O que não quer dizer que um cidadão que simpatiza com Luciano não possa votar em mim. Inclusive, se o próprio Luciano quiser votar em mim, vou agradecer a ele o voto”, declarou Queiroga durante a sabatina da Rádio Correio FM.

Além de abordar a questão das alianças políticas, Queiroga teceu duras críticas à gestão do atual prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), seu principal adversário na corrida eleitoral. Segundo ele, a administração de Lucena estaria “acabando” com a cidade, e seu objetivo é tirá-lo da prefeitura para promover mudanças estruturais.

Uma das principais propostas do candidato é voltada para o transporte público, que, segundo ele, precisa ser priorizado. Queiroga se posicionou a favor da concessão de subsídios para as passagens de ônibus, medida que considera essencial para garantir tarifas justas para a população.

“Meu partido é contra subsídios, mas em João Pessoa temos que ter para que o preço da passagem seja justo para o cidadão”, explicou.

Ele também apresentou o BRT e o metrô como alternativas viáveis para melhorar a mobilidade urbana da capital. Queiroga mencionou um projeto de metrô financiado pelo BNDES, durante a gestão de Jair Bolsonaro, mas ressaltou que o preço da passagem, estimado em R$ 5,80, dificultou o interesse da iniciativa privada.

“É muito difícil, mas vamos trabalhar para isso, porque João Pessoa é uma cidade que vai crescer muito”, concluiu.