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Educação e Ciência
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil/Arquivo
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O professor Golbery Rodrigues comentou nesta quarta-feira (12) o tema da redação do Enem 2025, que abordou as “perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. Segundo ele, o tema trouxe uma novidade ao substituir o termo “desafios” por “perspectivas”, o que exigiu dos estudantes uma reflexão mais voltada ao futuro.
“Trouxe a novidade da palavra perspectivas. De algum modo, professores e alunos estavam muito acostumados com a presença da palavra desafios. E o que chama a atenção é que o termo perspectiva sugere uma visão de futuro, uma reflexão sobre o que pode ser feito para que o envelhecer seja sinônimo de dignidade e não de abandono”, explicou.
Golbery destacou que o aluno poderia explorar o tema em diferentes dimensões — sociais, econômicas, culturais e tecnológicas — e apresentou exemplos práticos que poderiam ser utilizados como repertório sociocultural na redação.
“Na perspectiva tecnológica e digital, por exemplo, o estudante poderia desenvolver a ideia de que a inclusão digital da terceira idade amplia o acesso à informação, à comunicação e até ao mercado de trabalho. Um exemplo é o programa Idoso Conectado, do estado de São Paulo, que promove cursos gratuitos de uso de smartphone e internet”, pontuou.
O professor também mencionou o filme brasileiro “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” (2014), que, apesar de não tratar diretamente da velhice, aborda temas como autonomia e inclusão — valores que se conectam ao tema da redação. Ele ainda citou dados da pesquisa Datafolha 2023, que apontam que 65% dos brasileiros acima de 60 anos usam o WhatsApp diariamente, reforçando a presença crescente dos idosos no ambiente digital.
“O termo perspectiva convida o candidato a refletir sobre o presente e projetar o futuro. O envelhecimento é inevitável, mas a exclusão é uma escolha social. O Brasil precisa enxergar o envelhecimento com lentes de respeito, preparo e esperança. Afinal, envelhecer é um privilégio que exige empatia e políticas públicas”, afirmou.

Foto: ParaibaOnline/Arquivo
Encerrando sua análise, Golbery incentivou os estudantes a continuarem praticando a escrita mesmo após a prova:
“Escrita é isso: um processo de aprimoramento constante. Não é porque o Enem passou que você deve parar de escrever. Mostre seu texto ao professor de português, receba o retorno e continue evoluindo”, concluiu.
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