Educação e Ciência

Novo marco do ensino a distância vai depurar polos e elevar qualidade, diz CEO do grupo Ser Educacional

Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2025 às 13:13

Foto: Armando Artoni/Ascom

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O CEO do grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz, afirmou que o novo marco regulatório para a educação superior no Brasil representa um avanço importante na busca por mais qualidade no ensino a distância.

Em entrevista ao ParaibaOnline, ele destacou que a mudança imposta pelo Ministério da Educação (MEC) vai gerar uma espécie de “depuração inevitável” entre as instituições, ao exigir mais estrutura e presença física, especialmente nos cursos das áreas de saúde, licenciatura e pedagogia.

— O Brasil tem hoje cerca de 55 mil polos de ensino a distância, e muitos deles não têm nem 100 alunos. Uma parcela significativa desses polos também não possui a estrutura necessária para cumprir as novas exigências. Com o novo marco, essas unidades deixarão de ofertar cursos — explicou Diniz.

Segundo ele, os cursos de saúde, por exemplo, já tinham obrigatoriamente aulas presenciais em laboratórios, hospitais e clínicas. A novidade é a criação oficial da modalidade semipresencial, com exigência mínima de 50% da carga horária presencial — podendo chegar até 60% dependendo do curso.

— O curso de educação física, por exemplo, precisa de quadra, laboratório de anatomia, uma estrutura prática que antes nem todos os polos tinham. Agora, só poderá funcionar quem de fato oferecer essa estrutura — detalhou.

Para o CEO, o marco impõe regras claras e proporciona maior controle de qualidade, ainda que cause impacto inicial no mercado.

— O que parece complicado no início é, na verdade, positivo. Ele impede a massificação sem critérios e ajuda a garantir qualidade. É inevitável e benéfico — reforçou.

Jânio Diniz também destacou que a modalidade semipresencial se tornará a grande aposta do grupo Ser Educacional nos próximos anos.

— O Brasil nunca teve, de fato, um curso 100% a distância. Todos sempre tiveram alguma presencialidade. Essa nova categorização traz mais clareza e fortalece o modelo híbrido — afirmou.

Com as novas diretrizes, o MEC passou a classificar os cursos superiores em três modalidades:

Presencial (com até 30% EAD),

Semipresencial (com equilíbrio entre carga presencial e a distância, dependendo do curso),

A distância (com até 20% presencial, geralmente voltado para áreas como administração e tecnólogos).

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