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“Do Grão ao Pão”: a história do panetone, iguaria natalina que conquistou o Brasil

Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 11:02

norival monteiro

Foto: ParaibaOnline/Arquivo

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*Vídeo: ParaibaOnline

No quadro “Do Grão ao Pão”, exibido toda sexta-feira na Rádio Caturité FM, o especialista em panificação Norival Monteiro trouxe nesta edição uma verdadeira aula sobre um clássico das festas de fim de ano: o panetone.

Originário da Itália, mais precisamente da cidade de Milão, o panetone é uma das iguarias mais tradicionais do Natal. Segundo Norival, sua criação remonta ao século XV, e, como toda boa história culinária, está envolta em lendas e curiosidades.

“A princípio, os historiadores falam que o panetone nasceu de um erro na corte italiana. Um ajudante de cozinha, para não deixar a realeza sem sobremesa, misturou frutas secas, manteiga, ovos e outros ingredientes a um pão doce que havia preparado para si. A sobremesa fez tanto sucesso que perguntaram o nome e ele respondeu que não tinha. Como o nome dele era Tony, o conde batizou de Pane di Tony — e assim começou a história”, contou Norival.

Outra versão, segundo ele, fala de um amor impossível: “Um aristocrata apaixonado pela filha de um padeiro se passou por ajudante para ficar perto da amada e, nesse processo, criou um pão doce com frutas cristalizadas e uvas-passas. Essa também é uma das lendas sobre a origem do panetone”, explicou.

Norival destacou que o panetone é, essencialmente, um pão doce muito rico, com alto teor de gordura, açúcar e ovos — características que o tornam especial.

“A fermentação natural melhora a digestibilidade, prolonga a vida útil, realça o sabor e dá aquele efeito de fio, que é quando a gente puxa o pão e ele se desfia, resultado do fermento natural”, detalhou.

Com a imigração italiana para o Brasil, no século XIX, o panetone passou a ser produzido em terras brasileiras, mas, segundo Norival, inicialmente era feito apenas entre as famílias italianas.

“Eles trouxeram a massa madre da Itália e faziam apenas para consumo próprio, sem vender ou compartilhar com quem não era italiano. Foi só no início do século XX, principalmente em São Paulo, que ele se popularizou”, relatou.

O sucesso foi tanto que, na década de 1960, o italiano Carlo Bauducco abriu uma doceria e depois uma fábrica em Guarulhos (SP), tornando-se o maior produtor de panetones do mundo. Mas o Brasil não parou por aí. Criativo e inovador, o brasileiro deu novos sabores à receita tradicional.

“O chocotone é uma invenção brasileira, substituindo as frutas cristalizadas por gotas ou pedaços de chocolate. Hoje temos panetones trufados, com doce de leite, pistache, maracujá e até versões salgadas, com carne seca e queijo provolone”, destacou Norival.

Ele encerrou a participação lembrando que o panetone, antes restrito às festas natalinas, já ganhou espaço durante o ano inteiro. “É um pão que gradualmente vem fazendo parte do calendário permanente. O brasileiro abraçou o panetone e o reinventou à sua maneira, com muito sabor e criatividade.”

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