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Assim como Black Friday ou Natal, um dos momentos mais esperados do fim de ano é o pagamento do 13º. Até sábado (30), a primeira parcela ou parcela única do benefício deve cair na conta. Mas antes de fazer uso desse dinheiro, é preciso se planejar. Assim, ele dura mais e pode até se multiplicar.
De acordo com planejadores financeiros, o erro mais comum é achar que o 13º é um dinheiro extra, que caiu do céu. No entanto, ele é parte do salário e deve ser utilizado com responsabilidade, além de fazer parte do orçamento anual.
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VEJA O QUE FAZER COM O 13º:
PAGAR DÍVIDAS
O mais aconselhado é priorizar o pagamento de dívidas que tenham juros altos, como faturas atrasadas do cartão de crédito e empréstimo pessoal, da mais cara à mais barata. O adequado, nesses casos, é negociar o pagamento com o banco para obter um desconto ou refinanciar a dívida, alongando o prazo de pagamento se o custo adicional couber no bolso. O beneficiário também deve dar prioridade ao pagamento de financiamentos de imóveis e automóveis, que tenham os bens como garantia.
RESERVA DE EMERGÊNCIA
Sem dívidas para se preocupar, o trabalhador deve priorizar a constituição de uma reserva de emergência. para evitar a contração de dívidas em caso de imprevistos, como demissão ou problema de saúde na família.
O recomendado é juntar na reserva o equivalente a seis meses de gastos e proteger esse valor da inflação.
Para isso, são recomendados CDBs de liquidez diária, de preferência os que rendem a partir de 100% do CDI (que segue a taxa Selic), ou o Tesouro Selic, que também acompanha a taxa básica de juros, hoje a 11,25% ao ano.
INVESTIR
Com dívidas quitadas e reserva de emergência garantida, o mais recomendado é usar o 13º para investir.
Além de garantir o poder de compra, protegendo o dinheiro da inflação, investir é um caminho para se aumento o patrimônio.
Para isso, é importante diversificar a carteira de investimentos, distribuindo-os entre diversos tipos de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). Se o perfil de risco permitir, aplicações de renda variável, como ações e fundos multimercado, também podem completar a cesta de ativos.
Dependendo do perfil do investidor, a previdência privada também pode ser uma boa opção. Com o modelo PGBL, é possível abater até 12% da renda tributável do IR. Já o VGBL é vantajoso por não sofrer incidência de imposto durante a fase de acumulação, apenas sobre os rendimentos. Além disso, a previdência privada é uma boa para quem acumula uma grande herança, pois, diferentemente de outros bens, ela não depende de burocracias para ser transferida e pode até ser utilizada para pagá-las, como o inventário.
CONTAS DE JANEIRO
Em janeiro e fevereiro, algumas contas costumam pesam no bolso, como IPVA, IPTU e matrícula escolar, fora a fatura do cartão de crédito com as compras de Black Friday e Natal.
Os planejadores financeiros recomendam já reservar um dinheiro para esses gastos, considerando os possíveis descontos pagando à vista. Para este cálculo, é preciso ter em mente reajustes acima da inflação que as cobranças devem ter. Para 2024, o esperado é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) termine em alta de 4,64%
Se a sua conta-corrente é daquelas que rendem automaticamente de acordo com o CDI (que acompanha a taxa Selic), você até pode deixar o dinheiro das contas de início de ano por lá. Mas, se a sua conta não tem rentabilidade, vale alocar o 13º em um CDB de liquidez diária com rentabilidade a partir de 100% do CDI ou no Tesouro Selic. O mesmo vale para quem não consegue controlar os gastos quando vê a conta corrente cheia.
GASTAR
Com a vida financeira bem resolvida e o valor das contas de janeiro reservado, aí sim o beneficiário pode considerar utilizar o 13º para os gastos de fim de ano, desde que as compras sejam feitas com responsabilidade, respeitando o orçamento.
Em caso de dificuldades para administrar gastos, o ideal é deixar o cartão de crédito para emergências e pagar as compras à vista.
*JÚLIA MOURA/Folhapress
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