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Realizar o sonho de administrar o próprio negócio e conquistar a renda financeira de forma independente. Esse foi o desejo que impulsionou Emmanuelle Gomes a investir no ambiente empresarial e buscar o crescimento através do empreendedorismo. Ela faz parte da realidade das mais de 154 mil (32,65%) empreendedoras paraibanas, segundo levantamento do Sebrae/PB, com base na última pesquisa Pnad Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que são empregadoras ou trabalham por conta própria.
Com o apoio da família, a empreendedora decidiu investir no ambiente de negócios há oito anos, quando utilizou a própria garagem de casa para realizar a abertura da empresa D’li Moda Íntima, na cidade de Belém, no agreste paraibano.
“Eu trabalhava na área da saúde e fiquei desempregada quando decidi, com apoio do meu esposo, que já trabalhava com costura, iniciar o negócio. Ele deu a ideia de usar a garagem da casa e deu certo, depois surgiu a oportunidade de abrir a loja no centro da cidade com mais visibilidade e a expansão para outros lugares aconteceu”, revelou.
Com o crescimento das vendas, a empreendedora enfatiza que conquistou a expansão da empresa no mercado e atualmente conta com unidades instaladas nas cidades de Belém, Guarabira, Sapé, Campina Grande, João Pessoa e Nova Cruz, no estado do Rio Grande do Norte. Ao todo, 42 colaboradores estão ligados diretamente aos negócios.
“Hoje a independência financeira é uma realidade na família e isso foi possível graças ao empreendedorismo. Tudo foi construído com muita dedicação e trabalho. Além das lojas físicas, nossas vendas também são realizadas pela internet com investimento em marketing para divulgação. A qualificação tem sido importante nessa caminhada com cursos junto ao Sebrae e o objetivo agora é participar do Empretec para aprender mais e continuar expandindo”, concluiu.
Segundo a gerente da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae/PB, Humara Medeiros, o empreendedorismo feminino tem contribuído para transformações importantes no mercado, assim como reduzido a desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Esse último fato foi constatado em um levantamento divulgado pelo Sebrae, considerando o contexto do cenário nacional, que identificou um aumento maior de ganho entre as empreendedoras (9,4%) do que o registrado pelos homens (5,6%) entre os anos de 2022 e 2023.
“O empreendedorismo tem colaborado para reduzir essa desigualdade quando vemos que cada vez mais o número de mulheres que assumem seus negócios, busca também se qualificar, pois as mulheres em números absolutos são muito mais capacitadas que os homens, e isso tem diminuído a diferença nos salários mesmo ainda existindo uma discrepância. As mulheres têm assumido mais posições de comando e isso tem tornado elas cada vez mais autônomas naquilo que se propõem fazer”, explica.
Rendimento médio real
Ainda conforme o levantamento do Sebrae que retrata a realidade nacional, que considera a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2022, o rendimento médio real das mulheres empreendedoras era de R$ 2.453 e, entre os homens, esse valor ficava em R$ 3.225. Doze meses depois, a remuneração média real das mulheres foi de R$ 2.685, enquanto a dos empreendedores do sexo masculino ficou em R$ 3.404.
Educação empreendedora
Humara Medeiros enfatiza também que o Sebrae/PB tem cumprido o seu papel de incentivo ao empreendedorismo feminino no estado e gerado diversas oportunidades de capacitações.
“O Sebrae potencializa o empreendedorismo feminino e não apenas incentiva esse processo com capacitações, mas com a organização de eventos e premiações que possibilitam reconhecer histórias, enaltecer a figura feminina e as suas contribuições para o desenvolvimento do ambiente empreendedor”, disse.
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