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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) reduziu a vantagem que mantinha nas simulações de segundo turno para a eleição de 2026 e agora empata tecnicamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo nova rodada da pesquisa Genial/Quaest.
O petista aparece com 42%, ante 39% de Bolsonaro —diferença dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Em outubro, Lula marcava 46% contra o ex-presidente, que registrava 36%.
Apesar da condenação a 27 anos e três meses de prisão no caso da tentativa de golpe de 2022 e da inelegibilidade imposta pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro segue incluído nos cenários testados.
Lula lidera numericamente em todos os demais confrontos de segundo turno simulados. Contra Ciro Gomes (PDT), marca 38% ante 33% do ex-ministro. Frente a Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem 41% a 36%. Ele também aparece à frente de Ratinho Jr. (PSD), por 40% a 35%; de Romeu Zema (Novo), por 43% a 36%; de Ronaldo Caiado (União Brasil), por 42% a 35%; de Michelle Bolsonaro (PL), por 44% a 35%; de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por 43% a 33%; de Eduardo Leite (PSD), por 41% a 28%.
A pesquisa testou pela primeira vez o nome de Renan Santos (Missão), futuro presidente da sigla recém-criada e ligada ao MBL (Movimento Brasil Livre). Ele perderia para Lula por 42% a 25%.
Nos cenários de primeiro turno, Lula lidera em todas as dez simulações testadas, e sua intenção de voto oscila conforme o conjunto de adversários apresentados.
A pesquisa mostra que a maioria do eleitorado resiste à possibilidade de que Lula tente um novo mandato: 59% afirmam que o presidente não deveria se candidatar à reeleição em 2026, e 38% defendem que ele dispute. Na última rodada da pesquisa, eram 42% os apoiadores e 56% os contrários.
Outro segmento da pesquisa Genial/Quaest, divulgado nesta quarta (12), mostrou que a gestão teve um freio na recuperação de sua popularidade.
Os números foram divulgados na esteira de repercussões após a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, colocando a segurança pública no centro das discussões.
Uma das declarações de Lula que mais repercutiram foi a de que “traficantes também são vítimas dos usuários”. Após a reação negativa, o presidente se retratou dizendo ter feito “uma frase mal colocada”.
No caso de Bolsonaro, 67% dizem que o ex-presidente deveria abrir mão da disputa e apoiar outro nome, ante 26% que defendem que ele continue se apresentando como candidato —em outubro, os índices eram de 76% e 18%, respectivamente.
O levantamento também perguntou qual seria, na avaliação dos brasileiros, o melhor resultado para o país em 2026. Segundo a pesquisa, 24%, diz preferir um nome que não seja ligado nem a Lula nem a Bolsonaro, e 17% defendem a eleição de alguém de fora da política.
Outros 23% consideram que o melhor cenário seria Lula ganhar novamente. A hipótese de Bolsonaro voltar a ser elegível e vencer aparece com 15%, seguida por alguém apoiado pelo ex-presidente (11%) e alguém apoiado por Lula (5%). Outros 5% não souberam responder.
Os dados de conhecimento e potencial de voto mostram que a família Bolsonaro concentra as taxas de rejeição numericamente maiores entre os independentes, segmento que não se identifica diretamente com nenhum dos polos políticos.
O levantamento ocorre em meio a um cenário de rachas internos na direita, que tenta construir unidade após a condenação de Bolsonaro e a dificuldade de consolidar um nome alternativo. Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) são citados como potenciais candidatos, mas enfrentam resistência de setores bolsonaristas.
Entre esses eleitores, 73% dizem conhecer e não votar em Jair Bolsonaro, 70% rejeitam Michelle Bolsonaro, e 80% afirmam que não votariam em Eduardo Bolsonaro. Lula também registra rejeição elevada neste grupo (64%).
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas entre 6 e 9 de novembro, em 120 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com 95% de confiança. Para os eleitores independentes, a margem de erro é de 4 pontos, para mais ou para menos.
*LAURA INTRIERI/Folhapress
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