Brasil

Censo do IBGE: mulheres são mais de 90% no serviço doméstico

Da Redação*
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 8:13

limpeza e trabalho doméstico

Foto: Pixabay

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As mulheres representam o maior percentual dos servidores domésticos no país, 93%, e apenas 3,6% no setor de construção, em que recebem mais, mostram dados do Censo Demográfico divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No final de julho de 2022, eram 3,7 milhões de trabalhadores de serviços domésticos no país, o equivalente a 4,2% da população ocupada com mais de 14 anos. Desse total, 3,5 milhões eram mulheres.

Apesar de dominarem o setor em termos numéricos, elas ganhavam em média R$ 1.047, cerca de R$ 180 a menos do que os homens no setor. A diferença foi a menor registrada por atividade de trabalho pelo instituto.

A renda média desses trabalhadores também foi a mais reduzida captada à época do estudo, R$ 1.059. Os valores não foram corrigidos pela inflação.
*
Mulheres são maioria nos serviços domésticos
93% – Serviços domésticos
77% – Saúde e serviços sociais
75% – Educação
67% – Outras atividades
61% – Alojamento e alimentação
53% – Org. internacionais
52% – Ativ. financeiras
50% – Ativ. científicas e técnicas
47% – Ativ. mal especificadas
44% – Ativ. administrativas
_Fonte: IBGE – Censo Demográfico_

No outro extremo, a menor presença de mulheres aparece na construção. A terceira atividade que mais empregava no país era também aquela em que a diferença salarial mais favorecia as mulheres.

Enquanto o trabalhador médio ganhava em média R$ 2.119, a renda feminina era de R$ 3.326. Em 2022, a construção tinha 6,9 milhões de trabalhadores -7,8% da população ocupada-, e apenas 253 mil eram mulheres.

Além da construção, em apenas outras duas atividades de trabalho pesquisadas pelo IBGE as mulheres ganhavam mais do que os homens, mas a presença delas também era reduzida.

Uma delas era a atividade das indústrias extrativas, com 14% de mulheres, que tinham renda média de R$ 5.161 contra R$ 4.489 dos homens. A outra, o segmento de transporte, armazenagem e correio, com 9,3% de mulheres, que recebiam R$ 2.597, cerca de dez reais a mais que os homens.

A disparidade salarial mais acentuada em favor dos homens, por outro lado, aparece nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, segunda com maior rendimento médio no país (R$ 6.118).

As mulheres representam 52% dos 1,139 milhão de profissionais do setor. Enquanto o salário médio dos homens chegava a R$ 7.763, o das mulheres era de R$ 4.596.

Na sequência, como a segunda atividade com diferença maior para os salários masculinos, aparecem as atividades de saúde e serviços sociais, a segunda com maior concentração de mulheres.

Dos 5,4 milhões de profissionais, 77% eram mulheres. Enquanto a média salarial dos homens era de R$ 6.627, a das mulheres era de R$ 3.512.

No comércio, setor que empregava então 17% dos trabalhadores do país -mais de 15 milhões de pessoas-, a diferença entre gêneros era menor, de 13 pontos percentuais, com as mulheres representando 43,5% da mão de obra. Elas, porém, também ganhavam menos, em média R$ 2.056. A média masculina era de R$ 2.774.

O instituto não publicou dados comparáveis do recenseamento anterior, de 2010. De acordo com o órgão, o Censo 2022 teve mudanças metodológicas. A comparação entre as duas pesquisas exigiria o que o IBGE chamou de “compatibilização” dos conceitos, ainda não disponível para todos os recortes.

Em 2010, a definição de pessoas ocupadas incluiu aquelas que produziam bens destinados exclusivamente à alimentação no domicílio, e a análise do mercado de trabalho foi realizada para a população de dez anos ou mais.

O Censo 2022 também captou informações sobre o consumo próprio, mas não as incorporou na análise de trabalho. Além disso, a contagem mais recente se concentrou nas pessoas ocupadas de 14 anos ou mais. As mudanças, segundo o IBGE, seguiram recomendações internacionais.

*GÉSSICA BRANDINO/Folhapress

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