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Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
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Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dão como iminente a queda do ministro Carlos Lupi (Previdência). Apesar da ausência de provas de sua participação no esquema de descontos ilegais de aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), prevaleceu a ideia de que ele não tomou providências para deter o problema e também não reagiu como deveria após a explosão do caso.
Segundo ao menos dois auxiliares do governo, Lupi pode deixar o cargo ainda nesta sexta (2). O ministro e o presidente devem se encontrar nesta tarde. Segundo um interlocutor do ministro, o chefe da Previdência está “muito desconfortável” desde o anúncio da escolha do novo presidente do INSS, da qual ele não participou.
Interlocutores do presidente fazem questão de lembrar que o esquema foi instalado em governos anteriores. Frisam ainda que as investigações foram iniciadas na gestão de Lula, incluindo agora a escolha de um novo presidente do INSS com perfil de “xerife”. O procurador Gilberto Waller Júnior foi escolhido para chefiar o instituto.
Segundo a investigação da PF e da CGU, o esquema de fraude no INSS teria começado em 2016, ainda na gestão de Michel Temer (MDB), mas ganhou força a partir de 2019, no mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL), e atingiu a casa dos bilhões a partir de 2023, no terceiro mandato do presidente Lula. O aumento atípico nos últimos anos —com movimentações no Congresso que impediram regras mais duras para esses débitos— chamou a atenção.
Apesar do esforço saneador do governo, há o diagnóstico de que a Lupi coube a pecha de omisso. A avaliação é que sua permanência é insustentável.
A expectativa é que, sob pressão, o próprio ministro entregue o cargo. A ministra Gleisi Hoffmann está encarregada dessa articulação, segundo fontes.
Lupi é presidente licenciado do PDT e a condução do processo requer delicadeza. A aposta no Palácio do Planalto é que sua saída seja consumada ainda nesta sexta-feira (2). No mais tardar, segunda-feira.
*CATIA SEABRA E IDIANA TOMAZELLI/folhapress
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