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Cardeal na missa de despedida: Francisco “não se cansou” de pedir pela paz

Da Redação*
Publicado em 26 de abril de 2025 às 20:38

Foto: Ascom/Vatican

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Na homilia da missa de despedida do papa Francisco, o cardeal Giovanni Batista Re citou ações do pontífice em prol de imigrantes, sua abertura para temas contemporâneos e seus pedidos pelo fim das guerras.

Cardeal citou a primeira viagem oficial de Francisco em 2013 para a ilha de Lampedusa, lugar de desembarques de imigrantes no mar Mediterrâneo. “Foram muitos seus gestos em favor dos refugiados; foi constante sua atuação em favor dos pobres”, afirmou Giovanni Batista Re. Ele também relembrou uma missa celebrada por Francisco na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Francisco tinha “o coração aberto” e era “atento ao novo na sociedade”. O cardeal destacou a atenção do pontífice a temas contemporâneos e seus esforços para acolher a todos, incluindo quem não era católico.

“Papa Francisco implementou sua forte personalidade no governo da Igreja, estabelecendo um contato direto com cada uma das pessoas e com todas
as populações, […] com muita atenção às pessoas enfrentando dificuldades e pessoas marginalizadas. Foi um papa no meio das pessoas, com coração aberto e atento ao novo que surgia na sociedade.”

Atuação do papa contra as guerras também foi destacada, e público aplaudiu. Cardel citou a encíclica Fratelli Tutti, publicada em 2020. Presentes entre os líderes mundiais no momento da homilia, estavam o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o Donald Trump, presidente dos EUA.

“Na carta encíclica Fratelli Tutti, quis fazer renascer uma aspiração mundial à fraternidade. Relembrou que pertencemos todos à mesma família humana. Francisco chamou a atenção para os deveres e responsabilidades a respeito da casa comum. Diante de tantas guerras horrorosas, com muitos mortos e destruições, Papa Francisco não se cansou de elevar a voz pedindo pela paz, convidando a sermos razoáveis, a negociações honestas para acharmos soluções possíveis, porque a guerra é apenas morte de pessoas, destruição de casas e de hospitais. Ele dizia que a guerra só torna o mundo pior; a guerra, para todos, é uma trágica derrota.”

Cardeal também relembrou despedida de Francisco do público no domingo de páscoa. O papa morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos.

“Sua última imagem é do domingo passado, no domingo de Páscoa, quando o Papa Francisco, apesar dos grandes problemas de saúde, resolveu celebrar e fazer a bênção de São Pedro e, em seguida, quis descer para cumprimentar com o papamóvel descoberto toda a multidão vinda aqui para a missa de Páscoa.”

COMO OCORRE O FUNERAL?
O Vaticano estimou a presença de 200 mil pessoas nos arredores da Praça São Pedro, onde foi celebrada a missa exequial. A celebração final acontece no átrio da Basílica de São Pedro. A missa das Exéquias, como é chamada, começou às 10h. Esse é o primeiro dos nove dias de luto e orações em honra ao pontífice.

Em seguida, acontecem os ritos da Última Commendatio e da Valedictio —despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. O caixão será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá para o local de sepultamento.

Entre quarta e sexta-feira, 250 mil fiéis do mundo todo compareceram para prestar suas homenagens. O funeral deve reunir ainda dezenas de chefes de Estado e de governo.

Segundo o Vaticano, ao menos 130 delegações estrangeiras, incluindo 50 chefes de estado e 10 monarcas, confirmaram presença. Entre eles, estão o presidente Lula (PT), o líder americano Donald Trump e o presidente argentino Javier Milei.

*UOL/Folhapress

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