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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já não tem mais dores, está em condição estável e não há, por enquanto, nenhuma evidência de que precisará passar por nova cirurgia.
A informações foram divulgadas pelo médico Luiz Roberto Fonseca, do Hospital Rio Grande, em Natal, para onde Bolsonaro foi transferido na manhã desta sexta-feira (11), após um quadro de distensão abdominal e dor e de ter sido atendido às pressas inicialmente em um hospital municipal de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte.
“Por enquanto, não há necessidade de cirurgia”, disse Fonseca. “Ele tem uma distensão abdominal, mas não tem sinais clínicos da necessidade de intervenção cirúrgica”, afirmou.
O próximo passo, segundo ele, será a retomada das funções do intestino. Um médico que costuma acompanhar a saúde de Bolsonaro está em deslocamento de São Paulo para Natal.
Uma eventual transferência do ex-presidente para São Paulo ou Brasília, afirma Fonseca, é uma decisão da família a ser tomada após a conclusão dos exames de imagem.
“Clinicamente, ele está tão estável que teria condições de remoção em UTI aérea, acompanhado por médicos e enfermeiros”, afirmou.
Ao tratar da relação das dores de agora com facada sofrida por Bolsonaro em 2018, Fonseca disse que “tudo que acontecer do ponto de vista abdominal tem corroboração com o que aconteceu com o passado”.
O médico do Hospital Rio Grande também disse que Bolsonaro está bem-humorado. Um andar inteiro do hospital foi reservado para atendimento do ex-presidente por razões de segurança. Um novo boletim médico deverá ser divulgado às 17h desta sexta-feira.
Após sentir fortes dores abdominais, Bolsonaro foi atendido às pressas durante a manhã no Hospital Regional de Santa Cruz e acabou transferido de helicóptero para uma unidade particular em Natal. A aeronave pertence à Polícia Militar do Rio Grande do Norte e foi utilizada com aval da governadora Fátima Bezerra (PT), segundo o governo estadual.
Segundo o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), as dores estão relacionadas à facada que ele levou durante a campanha de 2018 e resultou em uma série de cirurgias desde então.
O parlamentar disse que possíveis sequelas não trazem apreensão para as eleições de 2026. Bolsonaro tem dito que será candidato, apesar de estar inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder durante a campanha eleitoral de 2022.
“Há hoje um processo de inelegibilidade que nós acreditamos que será revertido no Judiciário e a candidatura do partido que está mantida é a do presidente Bolsonaro”, disse o senador durante entrevista no Hospital Rio Grande, na capital potiguar.
Antes da internação, Bolsonaro chegou a Natal na madrugada desta sexta, onde foi recepcionado por apoiadores. Deveria estar às 11h em Acari, depois ele seguiria para Oiticica, às 13h, e finalizaria num ato em Pau dos Ferros, às 18h. O primeiro ato do ex-presidente foi em Bom Jesus com apoiadores. Um vídeo foi divulgado por sua assessoria, por volta das 8h30.
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), que acompanha Bolsonaro no Rio Grande do Norte, disse que ele ficou estabilizado e sentiu dores no hotel onde estava hospedado em Natal.
O ex-presidente já fez cinco cirurgias desde que recebeu a facada no abdômen, em 2018. A última ocorreu em 2023, quando ele foi operado para corrigir hérnia de hiato e desvio de septo no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo.
No início daquele ano, quando ainda estava em Orlando (EUA), para onde foi quando deixou o país para não passar a faixa presidencial para Lula (PT), Bolsonaro também foi internado com dores abdominais, mas não chegou a realizar cirurgia, o que só ocorreu meses depois.
Antes disso, os procedimentos aconteceram durante o seu mandato de presidente da República. Em 2022, ele ficou internado por três dias com obstrução intestinal, causada por um camarão não mastigado.
Bolsonaro está no Rio Grande do Norte em sua primeira agenda do Rota 22, uma iniciativa do seu partido para rodar o país com o ex-presidente, que está inelegível até 2030 e tem se mobilizado para a aprovação de um projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Apoiadores que estavam na estrada para acompanhar a agenda no interior voltaram a Natal por volta das 12h e começaram a se reunir na porta do hospital. Eles realizam orações em frente à unidade de saúde.
*JOSÉ MATHEUS SANTOS E RENATA MOURA/folhapress
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