Brasil

Aplicativos de delivery procuram atender públicos específicos

Da Redação*
Publicado em 9 de novembro de 2024 às 20:57

Apps de delivery e descontos buscam atender públicos específicos

Foto: Keiny Andrade/Folhapress

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Em um cenário cada vez mais digital, aplicativos de entrega de comida e de oferta de descontos em restaurantes oferecem serviços personalizados para públicos com necessidades e interesses específicos.

É o caso do Vou de Nekô, aplicativo de delivery especializado em restaurantes asiáticos em São Paulo. No mercado há três anos, tem 70 parceiros registrados, segundo Marisol Kiyoko Guevara, 34, fundadora da plataforma.

O app cobra uma taxa de 17% sobre os pedidos feitos nos estabelecimentos inscritos, mas não é necessário pagar mensalidade. A plataforma tem uma equipe de desenvolvimento e programação.

“Na época da pandemia, as taxas de entrega estavam muito altas, achar entregador também estava sendo complicado. Como usuária, tinha certa dificuldade de encontrar comida asiática tradicional”, diz Marisol, que deixou o emprego como responsável pela parte de varejo em uma plataforma de delivery para abrir seu próprio negócio.

Também pensando em quem gosta de comida asiática e quer pagar menos, Lucas Teoi, 31, e Hannah Kim, 32, fundaram o Guia Umami, um aplicativo voltado para descontos em restaurantes do gênero na capital paulista.

Atualmente, cerca de 60 estabelecimentos participam da curadoria, sem pagar taxa de adesão. A empresa ganha dinheiro com a venda de publicidade.

A ideia surgiu em 2022, com um guia físico sobre os melhores lugares para comer na cidade. Mas foi no fim do ano passado que veio a decisão de lançar a plataforma, por ser mais dinâmica para o sistema de descontos —já são mais de 5.000 downloads nas lojas de aplicativo.

A seleção das casas é feita de forma pessoal, partindo de lugares que os fundadores já tinham costume de frequentar antes do lançamento do guia. A parte de desenvolvimento da ferramenta é terceirizada.

Além dos descontos, o app inclui recomendações e fotos dos restaurantes e pratos. “Tentamos trazer informações variadas para o pessoal conhecer coisas um pouco diferentes, mais tradicionais. Ou talvez um prato mais simples, porque é uma boa entrada para alguém que não está muito familiarizado com a comida asiática”, explica Lucas.

Buscando atender regiões ainda não contempladas por outras plataformas de delivery, o pernambucano João Neves, 30, investiu na criação de um aplicativo com amigos, o Pede Aí, em 2017. Seu foco são municípios de pequeno e médio porte, como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA).

A ferramenta atua em 200 cidades de diversos estados do Brasil, com 18 mil estabelecimentos cadastrados, mais de 2 milhões de usuários e uma equipe própria para desenvolvimento e programação. A taxa cobrada pela plataforma varia de acordo com a região e o segmento do negócio, mas parte de 6% do valor da entrega.

“Já vínhamos desenhando uma ideia de uma empresa que era mais voltada a um guia comercial, não ao delivery. Mas percebemos essa oportunidade de trazer o modelo, de facilitar os pedidos das pessoas no interior, que ainda não existia”, afirma o empresário.

Durante o período da pandemia, o Pede Aí passou a oferecer outros serviços, incluindo mais opções do comércio local, com delivery de itens de farmácia, mercadinho e pet shop, além de água e gás de cozinha.

*VICTÓRIA BATALHA/folhapress

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