Brasil

Preso o ‘coach dos bitcoins’, suspeito de golpe de R$ 260 milhões

Da Redação*
Publicado em 7 de novembro de 2024 às 20:33

Foto: Reprodução/Youtube

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A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (7) o empresário Rodrigo Reis, conhecido como coach dos bitcoins, em Cajamar (SP).

Ele é suspeito de aplicar um golpe em 10 mil clientes, causando um prejuízo de mais de R$ 260 milhões.

Rodrigo foi alvo da Operação Profeta, que cumpriu 10 mandados nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo a PF, o empresário usava a RR Investimentos para captar dinheiro que depois seria enviado para o exterior através de corretoras de criptomoedas, sem o conhecimento das vítimas.

O coach dos bitcoins tem um perfil no Instagram com mais de 81 milhões de seguidores, que ele usava para divulgar o esquema de investimento.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do empresário.

Para atrair as vítimas, segundo a PF, o empresário apostava no discurso evangélico -o que originou o nome da operação- e na divulgação de eventos com celebridades.

Os investigadores apontam que o real interesse de Rodrigo não era de instruir as pessoas sobre o mercado financeiro e o universo de bitcoins, mas angariar recursos na RR Investimentos, empresa em que era CEO.

A holding RR Investimentos, criada por Rodrigo Reis, tinha outras dez empresas vinculadas. As ofertas prometiam retornos de até 9% dos investimentos. No entanto, a partir de 2022, as vítimas começaram a denunciar pela falta de retorno do dinheiro investido.

A plataforma Reclame Aqui registrou ao menos 285 reclamações desde novembro de 2021 com diferentes queixas sobre a RR Investimentos.

Em 2022, a holding tentou entrar com pedido de recuperação judicial, que foi negado pela Justiça do Rio.

Na decisão, o juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial, disse haver dúvidas sobre as operações financeiras realizadas pela RR Investimentos.

Além do empresário suspeito de liderar o esquema, a PF investiga a participação de Karen Santos, esposa de Rodrigo, por ser sócia da RR Investimentos.

O grupo é investigado por crimes contra o sistema financeiro e por exercício irregular da atividade de administrador de carteira no mercado de valores mobiliários sem a devida autorização do CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Também são apurados os crimes de organização criminosa transnacional e lavagem de dinheiro por meio de ativo virtual.

Rodrigo é suspeito de operar o mercado de criptoativos com valor monetário, através da corretora de criptomoedas Bitcluster, que também era operada pela sua holding.

*CAIO CRISÓSTOMO/folhapress

 

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