Brasil

Cantor tem nome incluído em ‘lista suja’ da escravidão

Da Redação*
Publicado em 7 de outubro de 2024 às 20:14

leonardo

Foto: Reprodução/Instagram

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Leonardo se manifestou sobre a inclusão de seu nome na “lista suja” do trabalho escravo. O cantor disse que ficou “surpreso e muito triste” por ter seu nome incluído na lista.

“Eu já plantei tomate, sei como é uma vida difícil. Eu, [pelo meu] coração, jamais faria isso”, afirmou.

“Há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe a pessoa que sou, da idoneidade que tenho. […] Eu não me misturo nessa lista que fizeram de trabalho escravo. Eu sou totalmente contra esse tipo de coisa. Sempre serei contra isso.”

O músico afirmou que não sabia das condições em que um arrendatário da Fazenda Lakanka mantinha seus funcionários. A Fazenda Lakanka é anexa à Fazenda Talismã.

“Surgiu a um funcionário nessa fazenda que arrendei, que não conheço, nunca vi. […] Eu não conheço quem estava naquelas ‘casinhas’, quem os colocou lá.”

Ele defendeu que o caso foi arquivado, e a multa em seu nome, paga. “Foi lavrada uma multa pra mim, que sou proprietário da Fazenda, mas não da Fazenda Talismã, mas da Fazenda Lakanka, que arrendei pra ser plantada a soja. Até aí, a gente respeita o Ministério Público, mas essa multa foi acertada, inclusive já tá tudo arquivado.”

Leonardo foi incluído na atualização da “lista suja” do trabalho escravo nesta segunda-feira (7).

O cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego torna públicos os nomes de pessoas responsabilizadas pelo crime pelo governo federal, após operações de resgate de trabalhadores.

Em 2023, uma fiscalização encontrou seis pessoas em condições degradantes e outras trabalhando “na mais completa informalidade” na Fazenda Lakanka.

Ainda que a fazenda tenha sido arrendada para um terceiro, segundo a fiscalização, a limpeza e preparação do local seriam responsabilidades do cantor. Com base nisso que Leonardo foi identificado como empregador.

Paulo Vaz, advogado de Leonardo, reiterou que a responsabilidade era do arrendatário do local.

“Tratava-se de uma área arrendada, que todas essas pessoas tiveram as indenizações pagas e os processos se encontram arquivados”, disse, à Repórter Brasil.

*uol/folhapress

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