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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), estava na viagem para a Grécia no início do mês com Gusttavo Lima e um casal investigados em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado à exploração de jogos do bicho e jogos de azar, que teria movimentado cerca de R$ 3 bilhões.
A Justiça decretou a prisão preventiva (sem prazo definido) do cantor nesta segunda-feira (23). Gusttavo Lima é suspeito de ter ajudado duas pessoas investigadas na Operação Integration, na qual ele também é alvo, a ficarem fora do país.
No início do mês, a operação também prendeu a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.
Caiado esteve na viagem para a ilha grega de Mykonos para comemorar o aniversário de 35 anos do cantor, em um iate de luxo, avaliado em R$ 1 bilhão.
O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), também esteve presente na festa.
No jatinho que levou Caiado e Gusttavo Lima, também estava o casal José André Neto (dono da casa de apostas Vai de Bet) e Aislla Sabrina Rocha, mulher e sócia de Neto.
Eles são investigados na operação e eram considerados foragidos desde o dia 4, quando foi expedido um mandado de prisão contra eles.
Nesta segunda, o Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou a ordem de prisão contra o casal, mas a decisão não contempla Gusttavo Lima.
Governador de Goiás e Gusttavo Lima no iate de luxo alugado pelo cantor para sua festa de aniversários de 35 anos, na ilha grega de Mykonos, no início de setembro no Instagram @ronaldocaiado no Instagram A imagem mostra dois homens sorrindo em um iate.
O homem à esquerda é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, está vestindo uma camisa branca e calças brancas, enquanto o homem à direita, que é o cantor sertanejo Gusttavo Lima, usa uma camisa amarela aberta e calças combinando.
Ao fundo, vê-se o mar e o céu claro. ‘Em nota, o governador de Goiás disse que estava de férias e viajou a convite de Gusttavo Lima para a Grécia, na ocasião do aniversário do cantor, de quem afirmou ser amigo.
Caiado disse ainda que não sabia das investigações e que não conhecia nenhum dos demais citados nas investigações.
A decisão para prender o sertanejo foi da juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Segundo a Justiça, Gusttavo Lima teria ajudado Rocha Neto e Aislla Rocha a permanecerem fora do país enquanto os mandados de prisão contra eles estava em aberto.
A juíza aponta que, no retorno da viagem à Grécia, uma aeronave que transportou Gusttavo Lima pode ter deixado Rocha Neto e Aislla no exterior.
“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Batista Lima (Gusttavo Lima) e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”, afirmou, em trecho da decisão.
No documento, a magistrada ainda citou que o casal que até então estava foragido poderia atrapalhar e obstruir as investigações.
“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, disse a juíza.
A defesa de Gusttavo Lima afirma que a decretação da prisão é injusta, que ele é inocente e que tomará as medidas cabíveis.
Em nota, a defesa de Rocha Neto e de Aislla disse que os dois “não praticaram qualquer ilegalidade e isso será demonstrado com fatos e documentos na investigação” e que “a medida de prisão não se justifica”.
*ALÉXIA SOUSA/folhapress
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