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O presidente Lula (PT) convocou uma reunião com reitores de universidades e institutos federais para tentar dar fim à greve dos professores.
O encontro deve ocorrer na quinta-feira (6), em Brasília.
A pauta será o orçamento das instituições, que relatam problemas financeiros. Lula deve também pressionar pelo fim da paralisação dos docentes por reajuste salarial.
A greve completa 50 dias nesta terça (4). A categoria, representada pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), pede aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos oferece, contudo, reajuste de 9% só em janeiro de 2025, e de 3,5% em maio de 2026. A pasta já disse não haver possibilidade de aumentar a proposta.
A convocação para a reunião ocorre após uma semana turbulenta para Brasília. Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico), uma das entidades que representam os professores federais, visando encerrar a greve.
Mas na quarta-feira (29) a Justiça Federal anulou o acordo, após ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, um braço do Andes.
O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, argumentou na decisão que um acordo da gestão Lula com apenas uma entidade pode prejudicar os “direitos pleiteados pelo movimento paredista dos docentes que não são representados pela referida entidade”.
E citou a como agravante o fato de o Proifes não possuir registro sindical, sendo uma federação de sindicatos.
Nesta segunda (3) houve então um encontro entre representantes do Andes e do governo, que reiterou a impossibilidade de aumentar o reajuste oferecido. Descontentes, os sindicalistas exigiram uma nova rodada de negociação.
Inicialmente, a demanda foi negada. Após novos protestos e a ocupação de uma das salas do Ministério da Gestão, a reunião foi marcada para o dia 14.
Ao menos 63 universidades e institutos federais seguem em greve.
*BRUNO LUCCA/folhapress
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