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A licença-paternidade no Brasil é de cinco dias corridos. Mas, para 76% dos brasileiros, esse direito deveria ser ampliado. É o que aponta pesquisa Datafolha.
O direito de o pai tirar licença do trabalho após ter um filho foi incluído na Constituição de 1988. Além dos cinco dias previstos na lei, existe também o programa voluntário Empresa Cidadã, no qual os estabelecimentos inscritos dão mais 15 dias, totalizando 20 dias de licença.
A maioria dos entrevistados, 83%, também concorda que a licença-maternidade deveria aumentar de 120 para 180 dias.
O levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de março, com 2.002 pessoas de 147 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os homens foram os que mais concordaram com a ampliação da licença para os pais, um total de 77%. Os que discordam são 21%.
No caso das mulheres, 75% endossam o aumento da licença-paternidade, enquanto 23% são contra.
Em relação ao aumento da licença-maternidade, o resultado é ao contrário: 78% dos homens são favoráveis diante de 88% das mulheres. A discordância sobre o tema é maior entre os homens, que somam 20%, e as mulheres, 11%.
Os mais jovens, independentemente do gênero, são os que tendem a concordar mais com o aumento do tempo de licença tanto para os pais e quanto para as mães.
Enquanto 83% dos jovens de 16 a 24 anos concordam que a licença-paternidade deve ser ampliada, o número cai para 67% entre as pessoas com 60 anos ou mais que estão de acordo.
Quanto ao aumento de 120 dias para 180 dias da licença-maternidade, 91% dos jovens de 16 a 24 anos são favoráveis. Já na faixa etária com 60 anos ou mais, 72% apoiam.
Conforme a renda familiar aumenta, mais as pessoas concordam com a ampliação da licença-paternidade —77% dos que ganham até dois salários mínimos concordam, ante 88% dos que ganham mais de dez.
O contrário acontece com o apoio ao aumento da licença-maternidade: a renda dos que mais concordam é menor; 84% dos que ganham até dois salários mínimos endossam a ampliação do direito, ante 79% dos que ganham mais de dez salários mínimos.
A pesquisa também mostra que os empresários são os que menos concordam com a ampliação da licença-paternidade, somando 67%. A porcentagem entre eles também é menor quando questionados sobre a licença-maternidade: 65% concordam.
O tema da licença-paternidade gera pouca divergência entre bolsonaristas e petistas: 73% dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) concordam com a ampliação, e 78% dos apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são favoráveis.
Por outro lado, a ampliação da licença-maternidade tem mais apoio dos petistas (87%, ante 78% dos bolsonaristas).
No que tange à escolaridade, 78% dos que têm ensino superior concordam com a ampliação da licença-paternidade. Na licença-maternidade, 87% dos que possuem ensino médio concordam, ante 82% dos que têm superior.
*VITÓRIA MACEDO/Folhapress
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