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O Papa Francisco, na tarde desta Quinta-feira Santa (28), foi saudado por muitas detentas e funcionários no início da sua visita à Penitenciária Feminina de Rebibbia, em Roma, que atende 360 mulheres e uma criança.
Em outra ocasião, em 2015, o Pontífice esteve no setor masculino para a mesma celebração.
A missa da Ceia do Senhor abre o Tríduo Pascal, que recorda a Paixão, Morte e Ressureição de Cristo, culminando na celebração do Domingo de Páscoa.
Na homilia, feita sem texto escrito, como é de costume, o Papa falou improvisamente algumas palavras sobre dois episódios importantes durante a Ceia do Senhor.
Francisco chamou a atenção das cerca de 200 pessoas presentes na celebração, primeiro para a cerimônia do Lava-pés, quando Jesus se humilhou, fazendo entender que “veio para servir”, ensinando “o caminho do serviço”.
O outro episódio – triste – foi a traição de Judas, incapaz de amar, revelando o que de ruim podem fazer o dinheiro e o egoísmo.
Mas Francisco recordou:
“Mas Jesus perdoa tudo. Jesus perdoa sempre. Só pede que nós peçamos o perdão. Certa vez, ouvi uma velhinha, sábia, uma velhinha avó, do povo… Ela disse assim: ‘Jesus jamais se cansa de perdoar: somos nós que nos cansamos de pedir perdão’. Peçamos hoje ao Senhor a graça de não nos cansarmos. Sempre, todos nós temos pequenos fracassos, grandes fracassos – cada um tem a sua própria história. Mas o Senhor espera sempre por nós, de braços abertos, e jamais se cansa de perdoar.”
Foi durante a celebração eucarística que o Pontífice lavou os pés de algumas mulheres, imitando o gesto de Jesus durante a Ceia do Senhor, ao lavar os pés dos discípulos, em sinal de serviço e doação ao próximo.
Com humildade e ternura, Francisco se dirigiu até um grupo – todo feminino – posicionado em uma altura capaz do Papa chegar com a sua cadeira de rodas.
O Papa lavou e beijou os pés de 12 detentas, algumas visivelmente emocionadas e comovidas em ver o líder da Igreja Católica repetir o gesto de Jesus com elas.
As mulheres tinham entre 40 e 50 anos e eram provenientes da Bulgária, Nigéria, Ucrânia, Rússia, Peru, Venezuela, Bósnia-Herzegovina e da própria Itália.
Ao final do rito do Lava-pés, o sentimento das detentas era de muita gratidão.
Já ao final da celebração, as palavras da diretora de agradecimento ao Papa pela visita, ao dizer “não um, mas tantos ‘obrigados'”, o Pontífice recebeu alguns presentes das detentas.
Entre eles, um grande cesto com produtos agrícolas cultivados pelas próprias mulheres na horta dentro da prisão e um terço, feito de crochê e pérolas, produzido na oficina de colares.
Da parte de Francisco, um quadro de Nossa Senhora com Jesus nos braços. A visita terminou com a saudação individual do Papa às detentas.
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