A crescente utilização de robôs para trabalhos complexos e adaptáveis, devido, principalmente, aos avanços da tecnologia de IA (Inteligência Artificial) – “por exemplo, empresas como a Figure AI, pretende lançar 100.000 Robôs Humanoides com IA avançada, para processar dados sensoriais em tempo real” -, da Robótica e da Automação (em geral) vêm transformando profundamente, a forma como a indústria e os serviços operam ao redor do mundo.

Entre essas inovações, “chips de IA” de alto desempenho como os produzidos pela empresa americana Nvidia, “projetados para executar múltiplos modelos de aprendizado de máquina diretamente em Robôs” (sem depender de processamento na “nuvem”), propiciam que os “Robôs Humanoides” sejam versáteis, com capacidade de interação com humanos e assim, “entrem” em “espaços de trabalho” antes exclusivamente ocupados por pessoas.

Essa realidade atual representa uma nova fase na integração entre tecnologia e trabalho humano, com impactos relevantes e contínuos, na economia, na produtividade e na estrutura social da humanidade.

Esses “equipamentos”, caracterizados por sua forma física semelhante à do ser humano, e por sua capacidade de realizar tarefas “cognitivas e motoras complexas”, estão cada vez mais presentes em setores industriais, como manufatura, logística e montagem de peças que exigem precisão e repetição, podendo operar em “complemento” aos humanos, visando aumentar a eficiência e reduzir os riscos de acidentes.

Uso de Robôs “Humanoides” na Indústria e nos Serviços (II)

As empresas estão experimentando também o uso desses robôs em modelos de trabalho colaborativo entre “humanos e máquinas”, os chamados “CoBots” (Robôs Colaborativos) que vai além do “complemento” mencionado acima.

Já no “Segmento de Serviços”, o interesse por Robôs Humanoides “especializados” tem aumentado, pois eles oferecem um caminho claro para a lucratividade, e estão se popularizando em hotéis, restaurantes, hospitais, bancos e até no varejo.

Em países como Japão, Coreia do Sul e China, eles já atuam como recepcionistas, garçons, atendentes de lojas e assistentes em hospitais e casas de repouso, executando funções que envolvem interação direta com pessoas.

A combinação de expressões faciais, linguagem natural e aprendizado de máquina, permitem que esses robôs ofereçam uma experiência mais personalizada e eficiente, reduzindo custos e aumentando a disponibilidade de atendimento.

Tudo indica que o “mercado de Robôs Humanoides” deve ultrapassar dezenas de bilhões de dólares até o final desta década, impulsionado por investimentos em pesquisa, redução dos custos de produção e demanda contínua e crescente por “automação inteligente”.

Além disso, a escassez de mão de obra em alguns setores e o envelhecimento populacional em diversos países, têm acelerado a adoção desses sistemas.

Em síntese, o uso dessa tecnologia na indústria e nos serviços está crescendo de forma exponencial, representando tanto uma oportunidade, quanto um desafio. É a ficção científica “virando” realidade.

Startups Report Brasil 2024

Recentemente, o “Sebrae Startups” – plataforma do SEBRAE que agrega iniciativas de capacitação, conexão e fortalecimento de empresas em estágio inicial, visando fomentar o empreendedorismo inovador em todo o Brasil e que no ano passado atendeu mais de 18 mil Startups em todas as regiões do país – “lançou a Edição 2024 do “Startups Report Brasil” (produzido pelo “Observatório SEBRAE Startups”).

O estudo, que mapeou 18.056 Startups no país, revela tendências, perfis e movimentações no “Ecossistema Brasileiro de Inovação”, consolidou o “Relatório” como uma das principais fontes de inteligência sobre este importante segmento de tecnologia e inovação para a economia brasileira.

Entre os destaques da Edição 2024 está o mapeamento das cidades com maior quantitativo de Startups no Brasil. “A liderança permanece com a cidade de São Paulo, mas há crescimento notável em diversas regiões, reforçando o amadurecimento e a descentralização do Ecossistema nacional”.

O documento evidencia que São Paulo mantém sua posição como maior polo gerador de Startups, obviamente impulsionado por fatores como infraestrutura robusta, densidade de talentos e concentração de investimentos. Florianópolis segue como um importante Ecossistema Tecnológico, em número de “Startups per capita”.

Startups Report Brasil 2024 (II)

Já capitais como Recife, Teresina e Natal reforçam a tendência de crescimento de novos polos no Nordeste. O ranking, com as 10 cidades melhor posicionadas no ano passado, ficou da seguinte forma: São Paulo (SP) com 1.911 Startups; Florianópolis (SC) com 780; Rio de Janeiro (RJ) 581; Brasília (DF) 448; Recife (PE) 438; Curitiba (PR) 415; Fortaleza (CE) 406; Belo Horizonte (MG) 399; Teresina (PI) 369; e fechando a lista, Natal (RN) com 361 Startups.

Além do levantamento das cidades com mais Startups, o documento do SEBRAE trouxe informações relevantes, referentes a “modelo de negócio e segmentos prioritários”.

Destaque para os seguintes dados: “Aumento” de 59% no número de Startups mapeadas, em relação ao ano anterior; O modelo de negócio “B2B” (Business to Business – “significa que uma empresa vende seus produtos ou serviços, para outra empresa, ao invés de vender para consumidores finais”) continua sendo o mais utilizado pelas Startups representando 50,94%; As Startups atuam em diversos setores da economia, com os principais segmentos atendidos sendo: Tecnologia da Informação (13,74%), Saúde e Bem-estar (11,16%) e Educação (8,81%); Quase 30% das Startups possuem mais de 5 anos de fundação; e Startups em “estágio de Maturidade e em Validação” representam 33,45% do total, enquanto apenas 3,72% encontra-se na “Etapa de Escala”.

Números bem interessantes e que merecem uma reflexão.