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Engenheiro Eletrônico, MBA em Software Business e Comércio Eletrônico, Diretor da Light Infocon Tecnologia S/A e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP – Associação Brasileira de Fomento à Inovação em Plataformas Tecnológicas.
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Essa será a última coluna da “Série” sobre o uso de IA (Inteligência Artificial) em diversos setores da economia e da atividade humana, e como a “Educação” é fundamental no desenvolvimento de uma sociedade, nada melhor que encerrar a Série escrevendo sobre o uso de IA na Educação.
A Tecnologia de IA está mudando o mundo em ritmo acelerado e a sala de aula não ficou de fora dessa “revolução”. Deixando de ser apenas um conceito futurista, passando a fazer parte da rotina de Professores, Alunos e Escolas, a IA já impacta a forma como aprendemos e ensinamos. Ela vem ganhando espaço no setor educacional, trazendo soluções que vão desde o ensino personalizado até a automação de tarefas administrativas.
Mas, como exatamente essa tecnologia impacta a Educação? E quais são os cuidados necessários para seu uso consciente? Essas perguntas precisam de respostas.
Um dos maiores avanços trazidos pela IA é a “Personalização da Aprendizagem”. Com o uso de algoritmos que analisam o desempenho dos Estudantes, “Plataformas de Aprendizado Adaptativo”, baseadas em algoritmos de machine learning conseguem identificar dificuldades, sugerir atividades e ajustar o conteúdo conforme o ritmo e estilo de aprendizado de cada aluno, moldando o conteúdo de acordo as preferências e dificuldades no aprendizado.
Uso de IA na Educação (II)
Isso significa que o material não é mais “um só para todos”, mas ajustado de maneira “inteligente” às necessidades individuais. É como ter um “Professor/Tutor Particular” disponível o tempo todo, só que “digital”.
Ferramentas conhecidas como “STI – Sistemas Tutores Inteligentes” vão ainda mais longe, simulando o comportamento de um Professor Particular. Elas analisam dados de desempenho, comportamento e até padrões cognitivos dos alunos para oferecer “orientações sob medida”.
Para os Professores também a IA tem “ajudado” e bastante. Esqueça a “pilha interminável de provas para corrigir”. Sistemas com “Avaliação Automatizada/Inteligente”, usando técnicas de PLN (Processamento de Linguagem Natural) – mencionadas várias vezes nas colunas anteriores — já conseguem corrigir não só testes objetivos, mas também redações, proporcionando valioso “Feedback instantâneo” (em Tempo Real) para o aluno e mais tempo para o Professor focar em estratégias pedagógicas e na pesquisa para preparação das aulas.
Outra aplicação interessante para Educadores e Instituições de Ensino é o uso cada vez maior de “Ferramentas de Learning Analytics” (que “analisam grandes volumes de dados relacionados à aprendizagem do aluno, visando otimizar o processo de ensino”) para “monitorar” dados como engajamento, frequência e desempenho, ajudando a prever casos de evasão ou baixo rendimento e a intervir de forma preventiva.
A análise é feita por algoritmos específicos, capazes de identificar padrões e fornecer insights valiosos para os Professores.
Uso de IA na Educação (III)
Nas colunas anteriores, mencionei o uso de “Chatbots e Assistentes Virtuais” em praticamente todos os segmentos da atividade humana e da economia. Evidentemente que na Educação, eles servem, principalmente, para “Apoio Fora da Sala de Aula”.
Imagine um Assistente Virtual que responde dúvidas a qualquer hora do dia, nos sete dias da semana. Esses “Chatbots Educacionais”, movidos por IA, estão fazendo exatamente isso. Eles ajudam os alunos com informações, orientações, tirando dúvidas, facilitando o acesso a materiais didáticos, organizando cronogramas e até com o planejamento dos estudos, tudo de forma automatizada e interativa. Utilizando “Ferramentas Conversacionais” online (como o ChatGPT) oferecem uma interação próxima da humana.
Outra aplicação importante de IA é na “Promoção de Acessibilidade”. Tecnologias como leitores de tela, tradução automática, reconhecimento de voz e “legendas inteligentes” possibilitam uma experiência de aprendizado mais acessível para pessoas com limitações auditivas, visuais ou cognitivas, propiciando mais autonomia e acesso ao conteúdo sendo apresentado.
Este é um importante avanço que o uso de IA tem dado para tornar o ambiente educacional mais inclusivo, adaptável e equitativo. Quando bem aplicada, a IA tem o poder de transformar salas de aula físicas ou virtuais, em ambientes mais interessantes, humanos, acolhedores e personalizados.
Uso de IA na Educação (IV)
Evidentemente que o apresentado acima é uma pequena e restrita amostra dos benefícios que o uso de IA tem feito, e pode fazer, pela Educação. Apesar dos benefícios, é essencial usar a IA de forma “ética e responsável” (aliás, essa deve ser a postura em qualquer segmento onde a IA seja usada).
Questões como privacidade de dados, transparência nos algoritmos e o risco de viés nas decisões automatizadas (com uso de IA) precisam estar no radar. É fundamental que as ferramentas estejam em conformidade com as legislações, a exemplo da nossa LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), garantindo que as informações de Alunos e Professores sejam protegidas.
É importante e necessário também, que os Educadores e Diretores dos estabelecimentos de ensino sejam capacitados para lidar com essas tecnologias de forma crítica e proativa, não achando que seja apenas uma “ação de marketing” das suas instituições.
Fica claro que a “Educação do Futuro” já começou em muitas Escolas e, na minha opinião pelo menos no médio prazo, a IA não substituirá os Professores, mas ela irá “Potencializar e Atualizar/Transformar o Ensino”, o que já está acontecendo. Com o uso consciente e bem planejado, a IA pode tornar a Educação mais eficiente, personalizada e inclusiva.
O futuro da Educação (com a IA como aliada) já está batendo à porta e quem souber integrar sistemas inteligentes nas práticas pedagógicas, vai ampliar a eficiência, acessibilidade e qualidade do ensino, ficando um passo à frente dos demais, neste século de transformações extremamente rápidas e imprevisíveis, inclusive na Educação.
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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