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Arcebispo Metropolitano da Paraíba.
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Estamos a celebrar o domingo de Pentecostes. A festa do fogo do amor de Deus entre nós. O maravilhoso dom do Espírito Santo, recebido no dia do nosso Batismo, fala-nos constantemente que Deus não abandona seus filhos.
O Senhor prometeu enviar o Paráclito: “(…) que nos tornaria capazes de receber a Deus. Assim como a farinha seca não pode, sem água, tornar-se uma só massa nem um só pão, nós também, que somos muitos, não poderíamos transformar-nos num só corpo, em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu.” (Santo Irineu) O Espírito Santo, além de nos santificar, Ele nos une ao Cristo Ressuscitado. Faz com que sejamos um também com nossos irmãos.
O Domingo de Pentecostes ainda é fruto da manhã da Ressurreição. Uma manhã repleta da esperança de Deus. É o Ressuscitado que nos comunica o fogo do amor de Deus. Que tipo de luz o mundo necessita? A luz humilde do amor de Deus.
Essa luz chega em todos os lugares. São muitas as descobertas humanas, e muitas destas são belas, mas, há uma iluminação que só pode vir da graça de Deus. A experiência com o Espírito Santo não pode ser fruto da inteligência humana. É puro dom de Deus.
O mundo, tão tumultuado pelas ondas das ideologias, necessita unicamente da luz que vem de Deus. Sem Deus e sem a Sua graça, não podemos fazer nada!
O Espírito Santo é consolo que acalma. Ele é doce alívio! O consolo de Deus não nos paralisa num conformismo ingênuo, mas nos põe no lugar daqueles que confiam em Deus, e confiam em tudo! “Se tirais o seu respiro, eles perecem e voltam para o pó de onde vieram; enviai o vosso Espírito e renascem e da terra toda a face renovais.” (Sl 103).
Celebrar Pentecostes significa celebrar a confiança no amor constante de Deus. Deus nunca nos abandonará. Não estamos entregues a nós mesmos, mas temos um Defensor, o Espírito Santo, que nos foi dado para caminhar neste mundo. E caminhamos sob a luz da esperança de Deus, como nos lembra o ano jubilar que estamos percorrendo.
Naquele dia de Pentecostes, a Igreja se manifestava publicamente e na sua voz saltava o feliz anúncio que ecoa até os nossos dias: Deus ama todos os homens! O amor não nos prende a círculos, mas rompe nossas fronteiras.
“O Espírito não quer que a recordação do Mestre seja cultivada em grupos fechados, em cenáculos onde tendemos a ‘fazer o ninho’. E esta é uma doença má que pode vir à Igreja: uma Igreja não comunidade, nem família, nem mãe, mas ninho. O Espírito abre, relança, impele para além do que já foi dito e feito, Ele impele para além dos recintos duma fé tímida e cautelosa.” (Papa Francisco).
O amor de Deus toca o coração mais frio e inerme que possa existir. Esse amor luminoso vai em busca de todo pecador que se distanciou do evangelho.
Peçamos à Virgem Maria, a Esposa do Espírito Santo, que nos eduque na escola de santidade de Seu Filho Jesus. Ela, a Mulher da mais alta esperança de Deus, nos ensine a jamais desaminar diante dos desconfortos da vida.
Que sua prece de Mãe nos acompanhe, principalmente, quando nos faltar o ardor apaixonado pelo anúncio de Cristo. Desejo que a luz do amor de Deus traga uma fecunda efusão do Espírito Santo sobre todos nós!
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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