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Ailton Elisiário

Ailton Elisiário

O autor é economista, advogado, professor da Universidade Estadual da Paraíba e membro da Academia de Letras de Campina Grande.

Terceira Guerra Mundial

Por Ailton Elisiário
Publicado em 13 de junho de 2025 às 10:13

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Tulsi Gabbard, diretora de inteligência dos Estados Unidos, fez contundente alerta sobre o risco crescente de um conflito nuclear. Ela denuncia os efeitos devastadores de uma guerra nuclear e os perigos das atuais tensões entre potências nucleares. Como se sabe, a guerra travada entre a Rússia e Ucrânia, que tem tido a interferência dos Estados Unidos, a cada dia caminha para o uso de bombas nucleares, o que se vier acontecer, será o caos mundial.

Menciona ela que os responsáveis pela deflagração atômica estão confiantes de suas sobrevivências a uma guerra nuclear, por possuírem abrigos exclusivos. “Eles acreditam que terão acesso a bunkers nucleares e, portanto, sairão ilesos. Mas, é a população que sofrerá as consequências”. É certo isto, os interesses de Estado que muitas vezes não se coadunam com os interesses do povo, levam seus governantes a adotarem posições até violentas, ao cúmulo de se falar na possibilidade de uma guerra nuclear.

A Rússia tem vários interesses, dentre os quais Vladimir Putin não quer abrir mão da entrada da Ucrânia para a OTAN e da devolução das áreas ucranianas em poder dos russos. Segundo o coronel Pavlo Palisa, vice-chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, a Rússia quer capturar mais da metade da Ucrânia antes do final de 2026. Vladimir Putin já tem dito que poderá se utilizar de bombas nucleares, caso a Ucrânia tente retomar as áreas invadidas pelos russos.

A entrada da Ucrânia para a OTAN se torna mais possível que antes, contrariando frontalmente a Rússia. Porém, tal situação é paradoxal: a adesão da Ucrânia à OTAN tem como objetivo evitar futuras guerras, mas o próprio processo pode provocar escalada para impedir que aconteça. Os analistas afirmam que o medo de Putin não é tanto sobre bases militares na fronteira, mas a exposição de um modelo alternativo para o povo russo, provando que ex-repúblicas soviéticas podem prosperar fora da influência russa.

Em termos militares, a OTAN possui mais de 3,4 milhões de soldados ativos, contra o exército russo com 1,5 milhão. A OTAN tem mais de 22 mil aeronaves de guerra, contra 4 mil da Rússia. A OTAN tem 1.100 navios militares, contra 419 da Rússia. O equilíbrio está na área nuclear: a OTAN possui cerca de 5.177 ogivas nucleares, enquanto a Rússia tem cerca de 5.559.

Nesta última segunda-feira a Rússia desencadeou sua ofensiva de drones mais extensa, desde o início da guerra. As forças de defesa aérea da Ucrânia interceptaram 460 dos 479 drones e 19 dos 20 mísseis, de acordo com um comunicado da Força Aérea Ucraniana. O presidente dos EUA expressou ceticismo sobre continuar enviando ajuda à Ucrânia enquanto Kiev luta contra as tropas invasoras da Rússia. O governo ucraniano contava com os mísseis dos EUA para enfrentar os intensos ataques de drones da Rússia, projetados pelo Irã. E Volodymyr Zelensky ligou para Washington para que Trump reafirmasse seu compromisso com a Ucrânia e não desistisse do papel dos Estados Unidos como mediador.

Por sua vez, a guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, traz outra preocupação. O Hamas tem o apoio do Irã, que se incomoda com a ingerência dos Estados Unidos no tocante ao seu programa nuclear. O Irã promete uma resposta forte e decisiva caso o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica aprove uma resolução proposta pelos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, contra o programa nuclear iraniano. Israel nesta quinta-feira atacou o Irã, concentrando os bombardeios em alvo nucleares importantes. A tendência agora é de que o conflito mais se aprofunde. Os Estados Unidos ameaçaram o Irã, se dentro de dois meses o Irã não chegar a novo acordo.

Enfim, a população mundial está vendo tudo isso se desenrolar, sob o risco de se ver dizimado, sem que nada possa fazer. O destino de países entregue às mãos e cabeças de dirigentes que forçam a situação de conflito, quando deveriam agir no sentido de que o mundo se tornasse menos violento. Têm todos os governantes o dever de pugnar sempre pela paz, interferindo de todas as formas pacíficas para alcançar este fim. Não é o momento para qualquer potência ou mesmo pequeno país venha a renunciar ao compromisso internacional de boa convivência, fechando-se num isolacionismo inconsequente.

A segunda guerra mundial finda em 1945 não deve ser revivida jamais, com armamentos bélicos nucleares muito mais sofisticados. Diante de tantas tensões, afora outras mais em países diversos, a expectativa é inevitavelmente a da erupção de uma catastrófica terceira guerra mundial.

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