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Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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Hoje, 9 de outubro de 2024, completo setenta anos, um marco que me faz refletir sobre o caminho percorrido. Nesta travessia, a vida, com todas as suas mudanças, trouxe-me incontáveis momentos de alegria, tristeza, desafios superados e uma bagagem rica em experiências a ser compartilhada.
Ao longo dessas sete décadas, entre o Açude (Coremas-PB) e a Serra da Borborema (Campina Grande-PB), o que guardo no coração é o sentimento de gratidão. Sou grato a Deus pelo dom da vida; aos meus saudosos pais pelo amor recebido; e às pessoas que encontrei ao longo dessa caminhada. A presença de cada um, de forma direta ou indireta, ajudou a moldar o meu caráter e a me tornar o que sou hoje.
O passado me faz lembrar muitos momentos marcantes. Entre a infância e a vida adulta, cada fase me trouxe ensinamentos únicos. Ao me debruçar sobre o tempo percebo o quanto cresci e aprendi com cada experiência, seja ela alegre ou difícil.
Aos setenta anos, sinto que talvez tenha recebido mais do que mereci. O tempo, nosso grande mestre, me ensinou a ser resiliente e, sobretudo, grato. E agora, lembrando o passado, percebo que as lições mais valiosas vieram de momentos singulares: as conversas com meus pais, as brincadeiras infantis, os namoros da juventude, o convívio matrimonial, as boas leituras, as orações silenciosas e a observação da natureza.
Na memória, guardo conquistas pessoais e profissionais das quais me orgulho, sobretudo pela forma como foram conseguidas, com ética e baseadas na meritocracia. E não se trata apenas dos grandes feitos, mas dos pequenos passos que, juntos, construíram uma vida plena. Celebro cada um desses momentos, sabendo que, mais do que os resultados, foi a caminhada (travessia) que fez tudo valer a pena.
E mesmo aos setenta anos e aposentado, mantenho-me ativo nos planos físico, intelectual e espiritual. Assim, enquanto viver, procurarei me manter motivado. Seja buscando aprender algo novo, passar mais tempo com quem amo ou simplesmente desfrutar das dádivas de Deus e sonhar, pois “os sonhos não envelhecem”.
Outra dádiva que a maturidade trouxe foi a clareza sobre o que realmente importa. Com o passar do tempo, aprendi a priorizar o que dá sentido à vida. As pressões e expectativas externas, que tantas vezes ocupavam espaço na minha mente, já não têm a mesma importância. A vaidade foi se esvaindo. Agora, o mais importante é o que toca o coração; as amizades verdadeiras; e as experiências que trazem serenidade e equilíbrio.
Além disso, percebo que a vida é feita de pequenas reinvenções. Cada fase nos oferece a chance de explorar novas paixões, redescobrir interesses esquecidos e abraçar novas oportunidades. Aos setenta anos, ainda sinto o entusiasmo de quem gosta de aprender e dividir o conhecimento com os seus semelhantes.
Aprendi que viver é um ato de coragem, de amor e de perdão. Cada ano vivido, cada ruga no rosto, cada cicatriz e história contada é uma prova de que, apesar de todos os desafios e eventuais desapontamentos, viver vale a pena. E é isso que quero comemorar: o simples fato de estar aqui, de olhar o passado, sem nostalgia, e para o futuro com esperança. Pois, “a vida é o que fazemos dela”.
Por fim, quero deixar consignada uma mensagem de carinho para todos que fizeram e ainda fazem parte da minha vida. Reitero o agradecimento a Deus por tudo que Ele me concedeu; à minha esposa pela companhia, pelo apoio e pelo amor compartilhado; e aos meus filhos e netos, que certamente lembrarão de mim quando eu deixar esta vida terrena para voltar à casa do Pai.
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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