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Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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Setembro, nono mês do ano no calendário gregoriano, traz consigo a transição entre o fim de uma estação e o início de outra. Essa dualidade parece despertar inspiração em artistas de diferentes culturas e épocas tanto no hemisfério norte, início de outono, quanto no hemisfério sul, com o início da primavera.
Pesquisando, o leitor atento pode encontrar referências diretas ou indiretas ao mês de setembro na literatura, nas artes plásticas, no cinema e nas letras de músicas. No Brasil, temos alguns exemplos: “Setembro”, bela composição de Ivan Lins; “Manhãs de setembro”, gravada por Vanusa; “Flores de setembro”, gravada pelo cantor, compositor e violeiro Wilson Teixeira; “Sol de primavera”, na voz fraquinha de Beto Guedes; e “Primavera (vai chuva) ”, na voz potente de Tim Maia.
No plano internacional, seguem os títulos de algumas composições nas quais o mês de setembro é citado: “Septembre”, Charles Aznavour; “September”, Earth, Wind & Fire; “September song”, gravada por Frank Sinatra no álbum “September of my years”; “Maybe September”, Tony Bennett; a belíssima “September Morn”, na voz de Neil Diamond; “See you in September”, gravada pelo grupo The Happenings; e “Primavera”, uma das “Quatro Estações” de Antonio Vivaldi.
Para os apreciadores das artes plásticas, a influência da primavera pode ser vista em diversas obras, como: “A Primavera”, têmpera sobre madeira de Sandro Botticelli; “Primavera (Estudo de Jeanne Demarsy)”, de Édouard Manet; “Amendoeiras em flor”, de Vincent van Gogh; “Flores de cerejeira”, de Utagawa Hiroshige; “Sagração da primavera”, balé composto por Igor Stravinsky; e “Manhã de setembro”, óleo sobre tela do pintor francês Paul Émile Chabas.
Movido pela curiosidade, fiz uma busca em velhas anotações e nelas encontrei alguns filmes nos quais figura a palavra setembro em seus títulos: “Quando setembro vier”, comédia romântica dirigida por Robert Mulligan, lançada em 1961; “Setembro”, filme de 1987, escrito e dirigido por Wood Allen; “One day in september”, documentário dirigido por Kevin MacDonald, lançado em 1999; e “Setembro em Shiraz”, filme dirigido por Wayne Blair, lançado em 2015.
No campo da literatura, setembro e primavera estão presentes em várias obras, em prosa e versos, como na crônica “Setembro”, de autoria de Rubem Braga, publicada em 2 de setembro de 1954; e “Setembro não tem sentido”, título do primeiro romance de João Ubaldo Ribeiro, publicado em 1968. Assim como na poesia de Cassimiro de Abreu, intitulada “As primaveras”; e no poema de Mário Quintana, intitulado “Canção da primavera”.
Estes são apenas alguns exemplos de como, em termos de arte, setembro é um mês multifacetado. Seja na música, nas artes plásticas, na dança, no cinema e na literatura, setembro simboliza tanto o fim quanto o começo, a chegada e a partida, a transição e a transformação, mantendo a dualidade entre a serenidade da contemplação e a alegria da celebração.
Em Campina Grande-PB, setembro chegou como o desabrochar. O inverno encerra para dar lugar à primavera. Nas madrugadas, as temperaturas na Serra da Borborema ainda estão baixas. Mas, ao amanhecer, quando a luz do Sol rompe a cruviana e sopra um vento frio, os pássaros cantam animados, anunciando a chegada de mais um dia.
Afinal, é setembro. Tempo de alegria e de seguir o exemplo dos pássaros: despertar, cantar, animar-se e agradecer a Deus pelo dom da vida!
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