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Alexandre Moura

Alexandre Moura

Engenheiro Eletrônico, MBA em Software Business e Comércio Eletrônico, Diretor da Light Infocon Tecnologia S/A e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP – Associação Brasileira de Fomento à Inovação em Plataformas Tecnológicas.

“Pós-Comércio Eletrônico”: o futuro/presente das compras “online”

Por Alexandre Moura
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 10:31

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O Comércio Eletrônico como conhecemos hoje está mudando rapidamente. Uma nova fase começa a se consolidar, com base no avanço de novas tecnologias, especialmente a IA (Inteligência Artificial).

Se antes bastava ter uma “Loja online” (ou mesmo fazer parte de um “Marketplace”) e ter boas estratégias de “Marketing Digital”, agora um novo fenômeno começa a tomar forma: denominado de “Pós-Comércio Eletrônico” (ou do inglês “Post-e-commerce”) — um conceito que representa a próxima etapa da “transformação digital do Varejo”.

Mais do que uma simples evolução das lojas virtuais e marketplaces, esse fenômeno representa uma “mudança estrutural na forma como as pessoas consomem, interagem e se relacionam com as marcas/produtos”. “Saindo da tradicional venda pela Internet”, as empresas estão entrando em uma era em que “as compras acontecem de forma integrada, personalizada e quase invisível”.

O termo “Pós-Comércio Eletrônico” se refere à evolução do “e-commerce tradicional” para um “Ecossistema Digital Inteligente” (com uso massivo de IA), onde “a experiência de compra é preditiva, interativa e contínua”.

“Pós-Comércio Eletrônico”: o futuro/presente das compras “online” (II)

Nesse novo modelo, o Consumidor não precisa buscar o produto: é o sistema que “antecipa suas necessidades e preferências”, recomenda o item certo no momento ideal, e oferece o pagamento e a entrega, da forma mais conveniente possível.

Nos Estados Unidos, essa tendência já é uma realidade (e o Brasil vai no mesmo caminho) — e isso está mudando a lógica de funcionamento dos grandes marketplaces, como “Amazon e Walmart”.

O Pós-Comércio Eletrônico é impulsionado por uma combinação de tecnologias emergentes que se integram de forma fluida e inteligente.

Entre as tecnologias que estão sendo aplicadas, destaque para: “IA generativa e preditiva”, que analisa dados de consumo, comportamento e contexto, para prever o que o cliente deseja comprar, antes mesmo dele procurar o produto; “Assistentes virtuais inteligentes”, que conduzem a jornada de compra por voz ou chat, oferecendo sugestões personalizadas e resolvendo dúvidas em tempo real; “Comércio social e de vídeo” (o chamado “Live Commerce” – “Comércio ao Vivo”), o cliente compra diretamente de transmissões ao vivo, de “influenciadores” e/ou vídeos disponíveis nas redes como TikTok, Instagram e YouTube; “Pagamentos automatizados e invisíveis”, através de reconhecimento facial, carteiras digitais e sensores que permitem compras sem “checkout”; e, “Logística inteligente e sustentável”, onde a IA gerencia, drones e veículos terrestres autônomos para fazer entregas rápidas, e com menor impacto ambiental.

Tudo isso já é uma realidade em vários países e inclusive, já está sendo testada no Brasil.

“Pós-Comércio Eletrônico”: o futuro/presente das compras “online” (III)

As empresas americanas, por exemplo, estão transformando o processo de compra em algo “quase automático”. A “Amazon” já trabalha com algoritmos que sugerem reposições automáticas de produtos recorrentes (como café, ração para pets e material de limpeza) e ajustam entregas com base na rotina do usuário. O “Walmart” utiliza IA para prever demanda e otimizar estoques, enquanto marcas de moda, como a Nike, apostam em realidade aumentada (AR) e “espelhos virtuais” que permitem “experimentar” roupas e acessórios online (“eliminando” assim, a necessidade de uma loja física).

O “TikTok Shop” é talvez o exemplo mais visível do Pós-Comércio Eletrônico em ação: nele, o consumidor assiste a um vídeo e compra o produto sem sair da plataforma, em um modelo que “mistura entretenimento, influência e conveniência”.

O avanço rápido do Pós-Comércio Eletrônico está obrigando marketplaces e lojistas a repensar suas estratégias de vendas. Não basta mais ter um grande catálogo (no caso dos Marketplaces): é preciso “entregar experiências únicas, personalizadas e interativas”.

No Brasil, o fenômeno começa a dar os primeiros passos. Grandes plataformas como Mercado Livre, Magalu, Amazon Brasil e Shopee, já experimentam recursos de IA para recomendações de produtos.

Especialistas acreditam que, nos próximos dois anos (ou menos), veremos “a chegada do comércio por voz e vídeo” de forma agressiva, “com a integração entre lojas físicas (das grandes redes varejistas) e digitais em tempo real” e o surgimento/consolidação de novos modelos de “compras automatizadas”.

Com esses novos paradigmas, os “Marketplaces tradicionais” estão sendo forçados a se reinventar. A simples oferta de produtos a preços competitivos e frete grátis, já não é suficiente. Agora, o foco está em oferecer também, “experiências conectadas, conteúdo interativo e personalização em larga escala”.

“Pós-Comércio Eletrônico”: o futuro/presente das compras “online” (IV)

Para os Empreendedores e as MPEs (Micro e Pequenas Empresas), isso significa um gigantesco desafio, mas também, “uma nova avenida de oportunidades” — desde a personalização de campanhas de vendas ao atendimento com IA passando pelo uso de plataformas integradas que conectam a loja, a logística e o marketing em um único sistema inteligente, facilitando a gestão do negócio.

Entretanto, o Pós-Comércio Eletrônico não representa o fim do e-commerce como conhecemos hoje, mas sua “reinvenção”. Trata-se de um modelo onde “dados, experiência e conveniência” valem tanto quanto o produto em si.

Para o Consumidor, isso significa mais praticidade e rapidez nas compras. Para as empresas, é “usar tecnologia para criar conexões reais e sustentáveis, com seus clientes”. No mundo desse “novo comércio”, o digital é apenas o começo. Pois a operacionalização deste modelo (Pós-e-commerce), se baseia (como colocado acima) em “Plataformas Integradas que conectam dados de consumo, comportamento e contexto, tudo em tempo real”.

Isso significa que o sistema “aprende” continuamente sobre o Consumidor — seus horários, preferências, rotina, localização, etc. — e antecipa suas necessidades! Em outras palavras, “o Consumidor deixa de “ir às compras” — as compras “vão até ele”, de forma quase imperceptível. Essa será/já é, a “nova lógica do consumo”.

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