Seguir os caminhos de Cristo representa uma jornada de fé, transformação, renúncia e esperança na vida eterna, ao lado de Deus Pai. Isso é o que está escrito em Lucas, Capítulo 9, Versículo 23: “Se alguém quiser vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me”.

Percorrer esses caminhos é dispor-se a seguir os ensinamentos e exemplos que Jesus nos deixou, numa trilha espiritual que conduz à compreensão mais profunda da vida e do amor. Jesus, com sua compaixão e sabedoria, mostrou como viver em harmonia com o próximo, promovendo o perdão, a solidariedade e o servir ao outro.

Diferente do que apregoam alguns seguidores de uma determinada teologia, baseada no materialismo histórico e dialético, Cristo não foi um revolucionário. Ele foi um evolucionário. Cristo foi um libertador e não um literário. Cristo deixou o mandamento do amor a Deus e ao próximo e não de conflito baseado na luta de classes.

O reino de Cristo não é deste mundo, é o que está escrito em João, Capítulo 18, Versículo 36. O Filho de Deus, em Sua vida terrena, percorreu cidades, vilarejos e desertos, pregando a Palavra e fazendo milagres, mas sobretudo dando exemplo de obediência a Deus e às leis dos homens.

Neste contexto, a resposta de Jesus aos fariseus, descrita na Bíblia, em Mateus, Capítulo 22, Versículo 21 é emblemática: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Como judeu, Jesus foi circuncidado e, concluídos os dias de Sua purificação, foi levado a Jerusalém e apresentado no templo. Quando Ele completou doze anos, seus pais voltaram a Jerusalém no período da festa da Páscoa, e quando retornaram, perceberam que Jesus tinha ficado na cidade. Preocupados, procuraram por Ele e três dias depois, O encontraram no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.

Segundo Lucas, no Capítulo 2, Versículos 47 a 49, todos que ouviam a Jesus ficavam admirados com a sabedoria de suas respostas. Sua mãe disse-Lhe: “Meu filho, o que nos fizestes?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”. Respondeu-lhes, então, Jesus: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? ” Na Terra, Cristo obedecia a seus pais, José e Maria, mas acima deles estava a obediência ao Pai celestial.

Assim, seguir os caminhos de Cristo é mirar nas coisas do alto. Seus ensinamentos, como o Sermão da Montanha, desafiam cada indivíduo a superar suas limitações, a renunciar ao egoísmo e a buscar uma vida em sintonia com os valores divinos. Cristo nos convida a caminhar com Ele, a carregar nossa própria cruz e a trilhar um caminho de transformação pessoal, aquele que conduz à paz interior e à comunhão com Deus.

Esse trilhar, porém, não está isento de desafios. Ao longo da vida, encontramos tentações, passamos por provas e momentos de incerteza, mas é pela fé em Cristo que encontramos forças para continuar seguindo o exemplo d’Ele, que suportou tudo em prol da redenção da humanidade. Por isso, somos chamados a perseverar mesmo em momentos difíceis, pois cremos na promessa de Cristo que ao fim do caminho seremos recebidos e compensados com a vida eterna.

Cristo morreu na cruz e, ao ressuscitar, venceu a morte. Antes, porém, nos deixou um convite para vivermos de forma plena, em conformidade com os ensinamentos d’Aquele que afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”, segundo João, Capítulo 14, Versículo 6.

Eis o rumo, a direção e o sentido! Travessia.