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Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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Conforme a informação contida no frontispício do cordel “A história do Bola de Ouro (A grife dos rachas) ”, obra de autoria de Roberto Guarabira, a Associação Atlética Bola de Ouro foi criada em 27 de maio de 1967. Assim começa a história do Bola de Ouro, um dos mais longevos rachas em atividade em Campina Grande – PB.
“ Vermelha e branca / São as cores do teu manto / Te amamos tanto/ Que pra sempre tu serás / Acolhedora/ Dos netos dos nossos netos / E futuras gerações/ Para sempre formarás. ”. Esses são os versos da estrofe final do Hino da Associação Atlética Bola de Ouro, composto pelo próprio autor do citado cordel.
Conforme a tradição, o cordel foi impresso em papel-jornal, em estrofes de seis versos (sextilhas), obedecendo aos critérios de ritmo, métrica e rimas, totalizando 128 estrofes, distribuídas em 32 páginas de dimensões: 11 cm x 16 cm.
Nas dez primeiras páginas, o poeta Guarabira narra os principais eventos que deram origem à formação do Bola de Ouro, citando como fonte as anotações de Silvestre Almeida. Conforme tais anotações, o idealizador do nome e da logomarca do racha (uma bola de futebol nas cores dourada e preta) teria sido o desenhista Batista.
Entre as páginas 11 e 13, a narrativa se concentra nas dificuldades enfrentadas pelo Bola de Ouro para conseguir um campo propício para a prática do bom futebol, antes de se estabelecer no Clube Campestre, onde o racha ganhou fama e atraiu muitos jogadores amadores (“cobras das peladas”) e ex-jogadores profissionais.
Da página 13 em diante, as fontes da pesquisa passaram a ser as informações de Marcílio Soares e Tonheca, ambos craques, tanto no futebol de campo quanto no futebol de salão.
Com muita elegância, ética e ironia, Guarabira narrou um lamentável episódio que resultou na mudança do local do racha, do Clube Campestre para o campo do Convento Ipuarana, em Lagoa Seca – PB. Foi nesse campo que participei, pela primeira vez, do racha Bola de Ouro.
Da página 19 em diante, Guarabira se empenhou na missão difícil de apresentar a relação dos jogadores que atuaram no Bola de Ouro, desde a sua fundação. Seguem os nomes e apelidos por ele citados:
Silvestre Almeida, Betinho, Américo, Elias Trojão, Genival, Ronaldo, Gozinho, Neco, Prancha, Joãozinho, Batista, Tonhão, Luizmar, Geraldo Eloi, Amaral, Alexandre Magno, Amauri Pinto, Amauri Mota, Edson Roberto, João Abraão, Hugo Bala, Manezão, Joba, Tarcísio Borba, Braga, Roberto Brandão, Mário César, Cocada e José Marques.
Prosseguindo: Carlos Caeba, Sobral, Jaime, Buega, Kabel, Pedro Alcântara, Cinebaldo, Walfredo, Miguel, Humberto de Campos, Patricinho, Ivandro Filho, Lêucio, Aloísio I, Aloísio II, Roberto Cabral, Guina, Rocha, Honório, Noba, Wagner, Toinho Buraco, Joca Buraco, Zé Buraco, Zalderon, Aguiar, Jair I, Jair II e Cavalo Véio.
Dando sequência: Alencar, Ednaldo Agra, Guy, George, Boba, Pombo, Roberto Loureiro, Zé Benício, Lucélio, Neto, Tonho Véi, Bicudo, Zé Carlos, Zildo, Giozza, Vado Agra, Niltinho, Macaíba, Pedro Vepel, Nelinho, Hélio Baiano, Gilberto, Wagner PT, Marcelo, Marquinho, Valdir, Keka I, Keka II, Renato e Tadeu Borba.
Continuando: Walmir, Walcir, Lula Malibu, Quinha, Simplício, Nenem, Hermano, Cícero, Jaisvaldo, Lula Mota, Mimi, Louro, Juju, Ricardo Suassuna, Humberto Mota, Pitu, Renato II, Monteiro, Joadir, Guabiru, Emerson, Marcelo II, Lúcio, Chico, Macola, Carlinhos Macaco, Braz, Paulo César, Dércio, Marchante, Amaro e Madison.
Retomando a listagem: Geraldo, Fernando Cabral, Léo, Nanau, Ricardo Loureiro, Tavares, Ademilson, Ademir, Sandoval, Curura, Guedes, Miltão, Jouberson, Clélio Soares, Pinheiro, Ramos, Nilsão, Romildo, Adilson, Bigode, Dara e Chico, irmão de Bigode, que apesar de morar em Recife vinha todo sábado para participar do racha.
Na página 24 tem início o relato da nova fase do Bola de Ouro: a parceria com o Clube dos Engenheiros, localizado no bairro do Ligeiro, onde foi construído o Estádio João Arruda, inaugurado em 22 de agosto de 1993. O nome do estádio foi uma forma de homenagear o pai adotivo de Keka II, grande colaborador da iniciativa.
Voltando à listagem: Bráulio, Fernando Luiz, Genildo, Dino Abraão, Abílio, Denilson, Hulk, Fred Manteiga, Dão, Son, Aluísio, Aurino, Adelton Maranhão, Almeida, Téo, Biro-Biro, Bolinha, Rui, Adriano, Gorom, Gago, Wallace, Yure, Júnior, Toinho, Amauri Cruz, Arquelau, Anailton, Marcelinho, Naldo, Juzênio, Thiago, Tito e Sussu.
Outros nomes: Maninho, Toinho da Loja Real, Eliezer, Paulinho, Alex, Ronaldo, Lula, Giovane, Romildo Nascimento, Carlinhos Cirne, Carlinhos meia esquerda, Everaldo, Danilo, Valdir Picanha, Josec, Marco Aurélio, Hugo, Carlinhos, César, Claudionor, João Miguel, Fernandão, Fred, Isnaldo, Renato do São José e Bruno.
Juarez Fernandes, Heliomar, Adailton, Arimatéa, Chiquinho, Toinho (irmão de Oscar), Léo, Antonio Carlos, Gari, Alexandre, Carlinhos da Campinense, Afonso, Toinho Santana, Erasmo, Pedrinho, Walter Fernandes, Lula, Valdir dos Pneus, Marcílio II, Djalminha, Pedro, Pádua, Ramos e Gustavo.
Assim, o Bola de Ouro transcende a condição de um simples racha para se firmar como uma verdadeira instituição da memória esportiva campinense. Nesse contexto, mais do que partidas de futebol, sua trajetória é feita de amizades duradouras, histórias compartilhadas e o espírito coletivo que une gerações em torno da paixão pelo esporte.
Por fim, ao registrar essa rica caminhada, relatada no cordel “A história do Bola de Ouro (A grife dos rachas) ”, Roberto Guarabira prestou uma justa homenagem a todos os que ajudaram a construir esse legado.
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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