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Jornalista, Pós-Graduada em Comunicação Educacional, Gerente de Negócios das marcas Natura e Avon.
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Não há luz profissional que não tenha sido acesa pela chama de um professor. Eles são os arquitetos humildes de todas as carreiras, os alicerces invisíveis sobre os quais repousa a excelência em qualquer área. Se buscamos competência, inovação e destreza em médicos, engenheiros, artistas, cientistas ou, de fato, em qualquer ofício, precisamos, antes de tudo, honrar aquele que primeiro abriu a porta do conhecimento: o Professor.
A missão do professor é de uma grandiosidade tão pura que, em sua inerente generosidade, muitas vezes eles próprios esquecem a dimensão do bem que plantam. Dedicam-se a nutrir mentes, a instigar a curiosidade e a fornecer as ferramentas para que o aluno construa seu próprio futuro.
É natural que, dada a vasta quantidade de estudantes que acolhem ao longo de uma vida dedicada, e as inevitáveis transformações que o tempo opera nas feições dos alunos, especialmente desde a infância e a puberdade, um professor possa esquecer o rosto exato de cada um que passou por sua sala, mas o oposto é uma verdade eterna: o aluno jamais esquece do seu professor.
Aquele rosto, aquela voz, aquela postura… Foi ali que a luz e a perspectiva entraram em nossa vida. O professor é quem abre os olhos e a mente para o vasto universo do saber, revelando um mundo novo e encantador que só os livros e o conhecimento são capazes de mostrar com tamanha profundidade. A excelência em qualquer profissão é apenas o reflexo da excelência com que o professor ensinou.
O Poder da Palavra e a marca inapagável de uma professora, uma verdadeira mestre, que tive a honra e o prazer de ter, me fez sentir na pele e no aquecimento primeiro do coração, um desejo e um sonho que mais tarde realizaria.
Tive vários professores extraordinários e a todos sou imensamente grata, mas houve uma Professora, Côca de Joventino, que muito mexeu comigo, cujas aulas eram ansiosamente aguardas. Era comovente o seu poder de transformador e melhorar pessoas. Foi uma pessoa linda de ver e de ouvir. Sua serenidade, profundidade, empatia e postura exemplar de educadora, não fazia acepção de pessoa e transcendiam as disciplinas ensinadas, Português e História, cujas aulas me levavam ao universo por ela descrito. Fui a muito lugares ao som de sua doce voz: estive no descobrimento do Brasil, nos primeiros Reinados, no Brasil Colônia, na Inconfidência Mineira, no Brasil Independente…..nossa! Cada aula era uma viagem. Ela era a própria essência do aprendizado.
As aulas de Português eram incríveis e a de redação a minha preferida.. Em uma delas, Côca de Joventino nos pediu um relato impactante ocorrido na nossa vida.
Naquele tempo os professores levavam as atividades de aula para corrigir em casa, e na aula seguinte, lendo minha redação sobre a partida e o retorno de meu pai, fui brindada com um ato de reconhecimento que ecoou para toda a turma. Ao devolver as redações com as notas na aula seguinte, a minha foi a ultima a ser entregue. Ela disse que fazia questão de lê-la e ao fazê-lo, embargou a voz e chorou, fazendo os outros chorarem. A Professora Côca não estava apenas avaliando uma redação; ela estava validando uma dor, uma experiência e, crucialmente, um talento.
O nota mais alta, o 10 que recebi, não foi apenas uma nota; foi uma chama acesa. Aquele instante de emoção compartilhamento e reconhecimento público, teve o poder de despertar em mim uma vocação: a de lidar com a escrita, de ser jornalista. Minha escolha de carreira não foi acidental; foi a colheita de uma semente plantada pela sensibilidade e sabedoria de uma mestra.
Essa é a verdadeira missão e potência do professor: de não apenas transmitir conteúdo, mas despertar o potencial, forjar o caráter e inspirar o caminho. Eles são os guardiões de nossas memórias mais luminosas na jornada do aprendizado.
O professor antes de ensinar, estuda. Por isso, em algumas culturas, a única pessoa que não se curva diante dos imperadores, são os professores.
A cada lição ensinada, a cada gesto de paciência, os professores plantam sementes que florescem por toda a vida. Que nunca nos falte gratidão por aqueles que, com o coração, nos ensinaram a ler o mundo. Obrigado, professores, por acreditarem, por inspirarem, por nunca desistirem, mesmo quando os desistentes somos nós.
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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