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Arcebispo Metropolitano da Paraíba.
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O Evangelho de Nosso Senhor costuma nos pedir sempre uma postura missionária, como também pediu aos primeiros discípulos da Igreja: “Naquele tempo, o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir.
E dizia-lhes: ‘A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita.'”(Lc 10, 1-2). A vida missionária não é um anexo para o cristão, mas um imperativo que o torna fiel discípulo de Cristo.
O cristão em tudo pauta sua existência a partir dos valores do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não temos outra medida de vida que não seja a medida presente na Pessoa de Jesus Cristo, o Verdadeiro modelo para a humanidade.
O empenho missionário da Igreja freia todo tipo de relativismo que afunda o homem em uma vida sem sentido. Para o Papa Bento XVI: “(…) contra um relativismo difuso que nada reconhece como definitivo e tende a defender como última medida apenas o próprio eu e os seus caprichos, nós propomos outra medida: o Filho de Deus, que é também verdadeiro homem. Ele é a medida do verdadeiro humanismo. O cristão de fé adulta e madura não é aquele que segue as ondas da moda e a última novidade, mas quem vive profundamente enraizado na amizade de Cristo. É esta amizade que nos abre a tudo o que é bom e nos dá o critério para discernir entre engano e verdade
Vemos claramente aqui, na fala do papa alemão, o brilho da missão que consiste em apresentar o Filho de Deus ao mundo. Não há outro critério capaz de transformar o humanismo que não seja Cristo, que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem!
Como apóstolos de Jesus, todos nós, batizados, somos enviados a este mundo para propor esse homem novo à luz do Evangelho. A pregação da Igreja fala permanentemente de Deus e chama todos os homens à conversão: “Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.” (Mc 6,12-13).
O anúncio da Igreja de Cristo nunca pode prender-se aos sistemas propostos pelos poderosos deste mundo. A sua medida de conduta é sempre a partir do critério da verdade e da justiça, mesmo que se oponha aos aplausos da cultura e do poder humano.
O Filho de Deus é a nossa medida! E essa medida é geradora de pontes em um mundo tão ferido pelas guerras, também as de narrativas: “A humanidade necessita de pontes para que seja alcançada por Deus (…). Ajudai-nos também vós, unam-se aos outros, a construir pontes, com o diálogo, com o encontro, unindo-nos todos para sermos um só povo, sempre, em paz” (Papa Leão XIV).
Ainda que estejamos preteridos diante dos “avanços” da cultura moderna. Somente Cristo pode trazer o verdadeiro sentido ao homem de todos os tempos. Somente o amor de Cristo entre os homens pode fazer instaurar a verdadeira paz.
A missão da Igreja no coração do mundo pressupõe homens e mulheres de corações disponíveis e renovados para um anúncio generoso de Cristo. O homem novo proposto e pedido pela Boa Nova de Jesus é sempre possível mediante uma existência aberta e solidária a Deus e aos irmãos.
Peçamos à Virgem Maria que nos conceda a disposição para lutar por um mundo novo, repleto do brilho transformador de Jesus em todas as coisas. Que este ano do jubileu da esperança marque nossas vidas com a novidade dessa Boa Nova que nunca passa!
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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