Lembranças pessoais de fatos ocorridos em 1975

O ano de 1975 foi marcado por muitos fatos que ficaram registrados nos contextos político, social, econômico e artístico, no Brasil e no mundo.

Sem a pretensão de estabelecer uma cronologia completa, seguem alguns eventos que mantive anotados em uma agenda da época em que eu era aluno do curso de graduação em Engenharia Elétrica, no campus II da Universidade Federal da Paraíba (atual Universidade Federal de Campina Grande).

26/4: Criação, em Campina Grande, da empresa APEL – Aplicações Eletrônicas Ltda., conforme informações contidas no contrato de constituição da empresa, arquivado na Junta Comercial do Estado da Paraíba, Delegacia de Campina Grande.

15/3: Entrou em vigor a lei que determinou a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.

1/5: Com o término da Guerra do Vietnã, Saigon caiu nas mãos das forças comunistas.

27/6: Brasil e Alemanha Ocidental assinaram um acordo de cooperação nuclear, que previa a construção de oito reatores atômicos no Brasil, até 1990.

2/10: Fundação da Escola Técnica Redentorista, em Campina Grande – PB, pelo padre Edelzino de Araújo Pitiá.

15/10: João Carlos de Oliveira (“João do Pulo”) bateu o recorde mundial de salto triplo, estabelecendo a marca de 17,89 m.

Enquanto isso acontecia, a música popular brasileira ficou marcada pelos seguintes sucessos: “Além do Horizonte” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) – Roberto Carlos; “Argumento” (Paulinho da Viola) – Paulinho da Viola; “As Dores do Mundo” (Hyldon) – Hyldon; “Bilu Tetéia” (Mauro Celso) – Mauro Celso; “Charlie Brown” (Benito Di Paula) – Benito Di Paula; “De Frente pro Crime” (João Bosco e Aldir Blanc) – João Bosco; “Dois pra Lá, dois pra Cá” (João Bosco e Aldir Blanc) – João Bosco; “Fato Consumado” (Djavan) – Djavan; “Fé Cega, Faca Amolada” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) – Milton Nascimento; “Kid Cavaquinho” (João Bosco e Aldir Blanc) – Maria Alcina; “Moça” (Wando) – Wando; “Moro Onde Não Mora Ninguém” (Agepê e Canário) – Agepê; “Mulher Brasileira” (Benito Di Paula) – Benito Di Paula; “Na Sombra de uma Árvore” (Hyldon) – Hyldon; “Nó na Madeira” (João Nogueira e Eugênio Monteiro) – João Nogueira; “O Mar Serenou” (Candeia) – Clara Nunes; “Ovelha Negra” (Rita Lee) – Rita Lee; “Paralelas” (Belchior) – Elis Regina; “Ponta de Areia” (Milton Nascimento e Fernando Brant) – Milton Nascimento; “Refazenda” (Gilberto Gil) – Gilberto Gil; e “Severina Xique-Xique” (Genival Lacerda e João Gonçalves) – Genival Lacerda.

No plano internacional, destacaram-se as seguintes músicas: “Flying” (Chris DeBurgh) – Chris DeBurgh; “I Believe in Miracles” (Errol Brown e Tony Wilson) – Hot Chocolate; “I’m Down” (Clarke, Sylvester e Hicks) – The Hollies; “I’m Not in Love” (Eric Stewart e Graham Gouldman) – 10cc; “July, July, July” (K. Gamble e L. Huff) – Billy Paul; “Like a Locomotion” (Jerry Leiber e Mike Stoller) – Left Side; “Kung Fu Fighting” (Carl Douglas) – Carl Douglas; “Never Can Say Goodbye” (Clifton Davis) – Gloria Gaynor; “One Day in Your Life” (V. Brown, R. Armand e S. Brown III) – Michael Jackson; “Only Yesterday” (John Betis e Richard Carpenter) – Carpenters; “Rain and Memories” (Paul Denver) – Paul Denver; e “Woman” (Maurício Alberto Kaiserman) – Morris Albert.

Ao revisitar essas anotações, percebo como o ano de 1975 permanece vivo na minha memória. Aquele foi um tempo de mudanças e descobertas, em que o país e o mundo, entre avanços políticos e transformações sociais, buscavam novos caminhos; um tempo em que a juventude, entre aulas, sonhos e canções, acreditava que o mundo poderia ser melhor.

Assim, relembrar esses acontecimentos é também uma forma de reafirmar a importância de olhar para o passado como fonte de aprendizado para o presente, mantendo o olhar voltado para o futuro.

Por isso, ao término de mais um ano, aproveito o ensejo para transmitir a todos os leitores e àqueles que fazem o ParaibaOnline os meus efusivos votos de feliz Ano-Novo!