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Engenheiro Eletrônico, MBA em Software Business e Comércio Eletrônico, Diretor da Light Infocon Tecnologia S/A e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP – Associação Brasileira de Fomento à Inovação em Plataformas Tecnológicas.
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No próximo dia 6 de maio, às 11 horas, acontecerá o evento de lançamento da Edição 2025 da “Chamadas de Ideias BraFIP”. A chamada é um convite público internacional, realizado anualmente pela BraFIP (brafip.org.br), para submissão de Ideias e Projetos para PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em Colaboração, envolvendo diversas empresas, Universidades, startups e Centros de Pesquisa, do Brasil e do exterior. A “Chamada de Ideias” conta com o apoio da ALETI (La Federación de Entidades de Tecnología de la Información de América Latina y el Caribe, España y Portugal – Federação Ibero-Americana de Entidades Empresariais de Tecnologia da Informação) e do CDTI – Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial (Governo da Espanha). A participação na Chamada é aberta a quaisquer empresas, Startups, núcleos de pesquisa e inovação em ambiente acadêmico ou de instituições científicas, desde que interessadas em trabalhar em prol de meios que permitam acelerar a inovação tecnológica, via PD&I colaborativa, independentemente de pertencerem às entidades que constituem a BraFip. Podem participar também, empresas que desejam apresentar desafios para solucionar problemas de seu interesse. O lançamento será realizado em um “Evento Virtual” e as inscrições para participar, podem ser feitas no endereço: https://lu.ma/0tnq5p39.
Os Estados Unidos, a China e a Tecnologia de IA
A disputa entre os Estados Unidos e a China, pelo domínio da Tecnologia de IA (Inteligência Artificial) representa uma das dinâmicas geopolíticas e tecnológicas, mais relevantes desde o início do século XXI. Muita parecida com a disputada “corrida espacial” dos anos 60 do século passado, protagonizada pelos Estados Unidos e a antiga União Soviética. No presente, tanto os americanos quanto os chineses, reconhecem o caráter estratégico da IA em termos de competitividade econômica, segurança nacional e influência internacional. Esta corrida é marcada por diferentes abordagens de desenvolvimento, investimento e regulamentação, refletindo os modelos políticos e econômicos distintos de cada país. Os Estados Unidos, historicamente líderes em inovação tecnológica, contam com empresas de ponta como Google, Microsoft, OpenAI, Meta e Amazon, além de um Ecossistema Universitário e de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) altamente avançado, concentrando (ainda) a maior parte das publicações científicas de alto impacto e contando com Centros de Excelência como MIT, Stanford, Carnegie Mellon e instituições como OpenAI e DeepMind (subsidiária da Alphabet na Inglaterra). O modelo americano favorece a Inovação por meio da iniciativa privada e do investimento de risco, com forte apoio governamental quando se trata de segurança e defesa. A China, por sua vez, tem adotado uma abordagem centralizada e estratégica. Desde 2017, quando anunciou seu ambicioso plano de se tornar líder mundial em IA até 2030, o governo chinês tem promovido parcerias entre o setor público e “privado”, investindo bilhões de dólares e apoiando gigantes como Baidu, Alibaba, Tencent e Huawei.
Os Estados Unidos, a China e a Tecnologia de IA (II)
A China possui um trunfo importante nessa “corrida”: sua grande vantagem no acesso a dados, graças ao tamanho de sua população, um “Ecossistema Digital” fortemente integrado (WeChat, Alipay, etc.) e menor rigidez em regulamentações de privacidade de seus cidadãos. Pois como sabemos, essa disponibilidade de grandes volumes de dados (Big Data) é fator crucial para o treinamento de sistemas de IA e para o treinamento/testes de modelos de aprendizado profundo. Do “outro lado da moeda”, Os Estados Unidos ainda lideram em design de chips com empresas como NVIDIA. No entanto, a China tem investido pesadamente, para reduzir sua dependência externa, impulsionando iniciativas como o plano “Made in China 2025” e o suporte bilionário a empresa SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corporation) no desenvolvimento de processos avançados de fabricação de chips. Outro ponto relevante (e foco do esforço tecnológico dos dois “competidores”) é a “Capacidade Computacional”, incluindo acesso a GPUs (Graphics Processing Units, ou “Unidades de Processamento Gráfico”, chips especializados de computadores e outros dispositivos, responsável por processar e renderizar imagens e vídeos) de última geração e semicondutores de alta performance. Atualmente, a competição entre os dois países se intensifica em áreas como reconhecimento facial, veículos autônomos, algoritmos de linguagem natural, vigilância, cibersegurança e armamentos inteligentes. A IA tornou-se também, um ponto sensível nas relações diplomáticas, influenciando sanções, controle de exportações e restrições no fornecimento de chips e semicondutores avançados. A disputa vai além da tecnologia: ela representa uma batalha estratégica por influência global, modelos de governança e domínio econômico no mundo do futuro. Envolvendo também, infraestruturas críticas, ecossistemas de dados, capacidade científica, investimentos estatais e “visões distintas” sobre governança digital. Novamente, “muito parecido” com a época da “Corrida Espacial”, mencionada acima. A maneira como Estados Unidos e China lidarem com esses desafios, moldará o cenário geopolítico e tecnológico, nas próximas décadas. Só temos uma certeza, essa corrida ainda está longe do fim.
Amazon no “Espaço”
Começa a tomar forma a Rede de Satélites de “Internet Banda Larga Kuiper”, que a gigante americana de e-commerce (comércio eletrônico) e de serviços de Internet (computação em nuvem), pretende ter para concorrer com a rede Starlink, da também americana SpaceX. Segundo matéria da Agência Reuters, “os primeiros 27 satélites da constelação da Amazon, foram lançados recentemente a partir da Base de “Cabo Canaveral”, na Flórida, a “bordo” de um foguete Atlas V do consórcio United Launch Alliance, liderado pela empresa Boeing. No total, quando todos estiverem em orbita, a rede (com custo previsto de cerca de R$ 60 bilhões) terá “3.236 satélites para transmitir Internet banda larga globalmente, para consumidores, empresas e governos”. A Amazom está “correndo contra o relógio” para cumprir o prazo estabelecido pela “Comissão Federal de Comunicações” dos Estados Unidos, que autorizou a “implantação de metade da constelação prevista (ou seja, 1.618 satélites), no máximo até julho do ano que vem. Vale destacar que em tese, este é o segundo lançamento de satélites realizado pela Amazon. Em 2023, foram lançados pela empresa dois protótipos, exclusivamente para testes.
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