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Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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O “Grupo Vocal Céu da Boca” foi criado em Campina Grande-PB, em 24 de fevereiro de 1986, sob a regência de Antônio Sérgio Teles das Chagas.
Por se tratar de um grupo sem vinculação institucional, os ensaios ocorriam nas dependências de um pequeno estabelecimento no qual era servido almoço (“Comida Caseira”) e, à noite, funcionava como bar (“Pilequinho”), tendo como proprietário Gilmar Albuquerque, excelente tenor, um dos primeiros a fazer parte do “Céu da Boca”.
O citado estabelecimento localizava-se por trás de uma residência, no cruzamento das ruas Rui Barbosa e Treze de Maio, com a frente voltada em direção à Avenida Floriano Peixoto, no Centro da cidade.
E foi por intermédio de Gilmar Albuquerque que ingressei no “Céu da Boca”. Na oportunidade, ele me perguntou se eu gostaria de fazer parte do grupo vocal. Eu disse que sim, embora nunca tivesse participado de algum coral. Então, ele me apresentou o maestro, Sérgio Teles, um jovem carismático e simpático.
Para enquadrar minha voz como tenor ou baixo, ele pediu que eu cantasse o trecho de alguma música. Pego de surpresa, eu perguntei que tipo de música?
– Ele disse qualquer uma, por exemplo, “Atirei o pau no gato”.
– Eu cantei e ele disse: baixo!
– Venha ensaiar conosco hoje à noite.
Ao chegar no local do ensaio, ele me entregou uma cópia da partitura da música “Si Dieu vouloit que je feusse arrondelle”, do compositor francês do período renascentista Clément Janequin (1485-1558).
Depois, lembro de termos ensaiado outras músicas, dentre elas: “Bullerengue”, ritmo colombiano, de autoria do compositor mexicano José Antonio Rincón (1776-1846); a Cuêca “Póngale por las hileras”, do compositor argentino Félix Palorna (1918-1994); “Sepulto domino”, do compositor brasileiro José Maurício Nunes Garcia (1767-1830); “Ride the chariot”, negro spiritual, com arranjo de Henry Smith; “Se todos fossem iguais a você”, dos compositores Tom Jobim (1927-1994) e Vinícius de Morais (1913-1980); e “Eu e a brisa”, do compositor brasileiro Johnny Alf (1929-2010).
Enfim, chegou o momento esperado: o concerto de estreia, ocorrido no palco do miniteatro Paulo Pontes, em Campina Grande, em 25 de abril de 1986. Ela foi emocionante e a acolhida do público foi calorosa. Fomos aplaudidos de pé e a plateia pediu bis.
No mês seguinte, em 31 de maio, sob a regência do maestro Sérgio Teles, o “Grupo Vocal Céu da Boca” fez uma apresentação brilhante no V São Bento Arte Coral, no Teatro Santa Isabel, em Recife-PE.
Naquela oportunidade, o maestro recebeu um convite financeiramente irrecusável para reger o coral da Universidade Tiradentes, em Aracaju. Ele aceitou o convite e, desfalcado do seu principal líder, o grupo tentou, mas não conseguiu manter a unidade, terminando por se desfazer, numa data que não sei precisar.
Transcorridos trinta e oito anos, vou citar, de memória, os nomes dos participantes dos naipes do “Grupo Vocal Céu da Boca”. E caso tenha cometido alguma omissão involuntária, peço desculpa.
Sopranos: Benilde Duarte; Socorro Torres; Mariluce Santos; e Patrícia Chrissantho.
Contraltos: Cristina Barros; Else Farias; Lúcia Eduardo; Luciana Chianca; e Márcia Baptista, filha do saudoso maestro José Cláudio Baptista.
Tenores: Evandro Alcântara; Gilmar Albuquerque; e João Eduardo.
Baixos: Edson Cunha; Luis Carlos; e Paulo Ricardo Barros.
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