É hora de jungir na Raposa

O Campinense de Jimmy Oliveira, Edvaldo do O, Ivan Farias, Buarque Gusmão, José Aurino, Ermirio Leite e Lamir Motta. O Campinense de tantas conquistas. Hexa campeão paraibano. Campeão do Nordeste. Um clube gigante. De uma torcida “fanática e frenética” como diria o saudoso Raimundo Asfora.

Um clube que acumula dívida vultosa e crescentes pendências fiscais/trabalhistas, certamente não buscou equacioná-las de forma eficaz porque nunca encontrou coesão na gestão administrativa. Entra mandato, sai mandato e enquanto um lado trabalha pra encontrar soluções o outro coloca pedras no caminho.

O curso dessa história dantesca parece ter chegado ao fim, ou pelo menos sinaliza uma trégua. Situação e oposição – em recente eleição pra diretoria executiva – fizeram um pacto de união. Se deram as mãos com juras de que caminharão juntos pra recolocar a “raposa feroz” no topo das conquistas.

Quem conhece o agora denominado rubro-negro da Bela Vista tem muito o que contar. Certamente se emocionou com o talento de craques como Ruitter, Tonho Zeca, Ibiapino, Araponga e Luis Carlos. E também vivenciou conquistas homéricas no saudoso Plínio Lemos de “Seu Américo”. Mas não nega de que as divergências nos seus staffs sempre foram o “calcanhar de Aquiles”.

Certa vez, o acirramento de ideias foi tão forte que chegaram ao ponto de fundar a Desportiva Borborema. Um time criado pra derrotar a raposa. E conseguiram. Já o Treze, também foi beneficiado com o açodamento dos dirigentes cartolas. Sagrou-se campeão invicto da Paraíba, sob a batuta do raposeiro Edvaldo de Souza do Ó. Um dissidente de peso.

Mesmo enfrentando rotineiramente crises de pertencimento em sua gestão, o Campinense segue como recordista em conquistas esportivas entre os clubes de futebol profissional em Campina Grande. Só que agora, precisando aderir ao novo contexto do futebol empresa, e com um caminhão de dificuldades batendo à porta do Renatão, É MELHOR O PRESENTE NÃO REPETIR O PASSADO.