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Jornalista, Pós-Graduada em Comunicação Educacional, Gerente de Negócios das marcas Natura e Avon.
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Durante uma descontraída confraternização em João Pessoa, promovida pela minha Gerente de Vendas, Aghata Zequetto, com presença ilustre do meu Gerente de Mercado Nordeste – Abel Filho, falando sobre o prazer de escrever esta coluna semanalmente, recebi uma reflexão instigante e a proposta para tecer sobre: “Sorte ou azar, você escolhe?”. A pergunta, tão simples na superfície, despertou em mim uma série de pensamentos sobre nossas raízes, escolhas e responsabilidades no caminho do desenvolvimento pessoal.
Lembrei que, quando vemos alguém atingir um posto de destaque, ouvimos comentários como: “Essa pessoa teve muita sorte!”. Mas será que foi sorte? Ou há mais por trás dessa história? Sei, sabemos, bastidores não são públicos.
É verdade que a sorte, ocasionalmente, pode parecer o fator determinante em algumas trajetórias. Porém, quando analisamos profundamente as histórias de sucesso, percebemos que, na maioria dos casos, elas foram construídas com base em decisões bem pensadas, disciplina e muito trabalho. Michael Phelps, o maior medalhista olímpico, chegava na piscina gelada para treinar no meio da madrugada, abrindo mão de diversões juvenis e abdicando de muitos prazeres, entre eles o gastronômico. Antes de Thomas Edison inventar a lâmpada elétrica, falhou mais de mil vezes em seus experimentos. Ele poderia ter desistido, acreditando ser “azarado”. Mas suas palavras foram: “Eu não falhei mil vezes. Eu descobri mil maneiras que não funcionam”.
Quando refletimos sobre as condições que moldam nossas vidas – onde nascemos, onde crescemos –, é inevitável perceber que não controlamos esses começos. No entanto, o que fazemos com esses inícios, como nos conduzimos, como nos transplantamos, está inteiramente em nossas mãos. Nós nos desenvolvemos através da busca constante por conhecimento, do aperfeiçoamento pessoal e da assertividade nas escolhas. Quando morava no alto sertão, na cidade de Teixeira onde nasci, lia avidamente todos os livros de uma biblioteca pública enquanto a turma se divertia. Ter sede por conhecimento hidrata a mente assim como a água hidrata o corpo. Logo, a sorte, muitas vezes vista como um golpe do acaso, é frequentemente o resultado de preparação, dedicação e a capacidade de fazer o básico bem feito.
Quantas vezes encontramos pessoas que esperam passivamente a chegada repentina da sorte aguardando o galope do destino ou apenas como bem cantava o impagável Raul Seixas “com a boca escancarada cheia de dentes…?” Oportunidade surgem todos os dias. Precisamos estar atentos a elas, mas também precisamos de um pré-requisito importante: A Preparação. Sem ela, a oportunidade se dissipa como poeira ao vento. Desejar o melhor é fácil, mas empenhar-se para merecê-lo é outra história. Nem todos estão dispostos a pagar o preço. Infelizmente o imediatismo trava os míopes do futuro.
E quando alguém tem sucesso, brilha no que faz, sempre surge a palavra SORTE. Então chega a pergunta: Sorte existe? Azar existe? Ou tudo isso é uma questão de escolhas conscientes que fazemos hoje, pensando no amanhã?
Estudos e reflexões sugerem que a mente exerce um papel poderoso em moldar nossas realidades. Atraímos aquilo que pensamos? Somos imãs de nossas próprias vibrações? A ideia é provocante, mas também nos convida a uma responsabilidade maior. Se somos os arquitetos de nossa sorte, então é fundamental alinhar nossos pensamentos com nossas ações.
Talvez a sorte não seja um capricho do acaso, mas o resultado de um equilíbrio entre preparação, persistência e oportunidade. Por outro lado, o azar pode ser apenas o reflexo de descuidos, falta de iniciativa e a esperança passiva de que algo mágico aconteça.
Portanto, a pergunta de Abel ganha ainda mais força: “Sorte ou azar, você escolhe?”. Que esta reflexão nos inspire a investir no que realmente importa: em nossas escolhas, no aperfeiçoamento pessoal e na responsabilidade de criar as condições para que as oportunidades se transformem em realizações. A sorte não é apenas algo que acontece com a gente; é algo que podemos construir, todos os dias, com pensamento, dedicação, ação e visão de futuro.
Finalizo trazendo uma belíssima reflexão de Viktor Frankl, um reconhecido neuropsiquiatra austríaco, que por ser judeu, foi recolhido para o campo de concentração nazista onde tudo poderia ter terminado, porém, ele não apenas sobrevive salvando-se a si mesmo, como também a inúmeras pessoas, quando reparou que aqueles que tinham um propósito maior para sobreviver aguentavam condições adversas por mais tempo: “Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.”
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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