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Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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O primeiro contato que tive com uma biblioteca foi no Colégio Estadual da Prata, em Campina Grande-PB, em 1966. Na oportunidade, eu era aluno do primeiro ano ginasial. Foi lá que conheci alguns clássicos da literatura.
No início, lia para cumprir tarefas escolares. Depois, ao adquiri o hábito da leitura, lia pelo prazer de ler. Assim, sem nenhuma orientação, fui lendo a esmo: Sócrates, Platão, Spinoza, Kant, Goethe, Nietzsche, Schopenhauer, Edgar Allan Poe, Augusto dos Anjos, José Lins do Rego, Aluísio de Azevedo, Machado de Assis, Lima Barreto, Graciliano Ramos, José de Alencar, Jorge Amado, Oscar Wilde, Freud, Miguel de Cervantes, Dante Alighieri, Dostoiévski, Tolstói, Ortega Y Gasset, dentre outros.
No intervalo do recreio, enquanto a maioria dos colegas aproveitavam para lanchar, paquerar, bater bola ou conversar no pátio e nas escadarias do colégio, eu buscava as leituras no ambiente silencioso da biblioteca, numa sala localizada no primeiro andar, no lado direito de quem sobe a escada central.
Estudei no Estadual da Prata, o famoso Gigantão, até 1972. No ano seguinte, ingressei no curso de graduação em Engenharia Elétrica na Escola Politécnica da Universidade Federal da Paraíba-UFPB, atual Universidade Federal de Campina Grande-UFCG.
Ao ingressar na universidade e me dirigir à biblioteca para fazer a ficha de usuário, fui atendido pela bibliotecária que, coincidentemente, era a mesma que trabalhava no Estadual da Prata, no expediente da tarde. Ao me ver, ela exclamou, sorridente:
– Olá, Didi! Que bom encontrá-lo por aqui!
Porque ela me tratava por esse codinome ao invés de Bené, até hoje não sei.
Em 1973, as instalações da biblioteca da Escola Politécnica (Poli) estavam situadas no local onde atualmente funciona a Central de Línguas Estrangeiras do Centro de Humanidades da UFCG.
Depois, a citada biblioteca foi transferida para uma bela edificação localizada no Bloco AD da UFCG, iniciando suas atividades em agosto de 1979, sob a designação de Biblioteca Central do Campus II da UFPB.
Daí por diante, na condição de professor e pesquisador, além de usuário da Biblioteca Central do Campus II da UFPB, comecei o itinerário por outras bibliotecas: Campus I da UFPB, em João Pessoa-PB; Universidade Federal de Pernambuco, em Recife-PE; Universidade Federal de São Carlos, em São Carlos-SP; Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos-SP; e Unicamp, em Campinas-SP.
Nesse itinerário, ao longo de mais de quatro décadas, pude acompanhar diversas modificações introduzidas nas bibliotecas, tornando-as mais eficientes na forma de consulta ao acervo e no atendimento de outras demandas dos usuários.
Dentre essas modificações, talvez a mais significativa tenha sido a introdução das denominadas infotecnologias, trazendo consigo novas formas de interação dos usuários com as bibliotecas, transformando o ambiente antes restrito em termos de informação em um ambiente abundante de fontes de pesquisa e amplas possibilidades de acesso.
Foi a introdução da infotecnologia, por meio de computadores, que deu origem às bibliotecas digitais e, na sequência, às bibliotecas virtuais. Importante ressaltar que, embora tenham a mesma origem, há diferença entre ambas: enquanto as bibliotecas digitais ocupam espaços físicos, as bibliotecas virtuais existem apenas no ambiente computacional, com suas vantagens e desvantagens.
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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