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Dom Delson

Dom Delson

Arcebispo Metropolitano da Paraíba.

Banhados na esperança luminosa de Deus

Por Dom Delson
Publicado em 2 de fevereiro de 2025 às 15:30

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O dia 02 de fevereiro é um dia muito especial para a Igreja. Celebramos a Festa da Apresentação de Jesus no Templo; depois de quarenta dias do nascimento do Senhor, a sua Sagrada Família, obedecendo a lei de Moisés, O oferece a Deus.

Estamos celebrando um mistério solene, no qual a Igreja quer dizer ao mundo que Cristo é o perfeito Consagrado do Pai, Aquele que é a fonte perene da alegria para a nova humanidade. E, neste ano, essa festa tem um especial tom de esperança. Estamos celebrando também o Jubileu da Esperança. Todo consagrado a Deus é sempre um homem e mulher banhados pela esperança de Deus.

Neste dia, quando celebramos também a oferta irrevogável de vida de todos os consagrados, temos muito a celebrar. Os consagrados são homens e mulheres que se dedicam exclusivamente ao serviço das coisas de Deus e das coisas da humanidade: “a humanidade inteira aguarda: pessoas que perderam toda a esperança, famílias em dificuldade, crianças abandonadas, jovens a quem está vedado qualquer futuro, doentes e idosos abandonados, ricos saciados de bens mas com o vazio no coração, homens e mulheres à procura do sentido da vida, sedentos do divino…” (Papa Francisco).

A missão dos consagrados passa pela incondicional pertença a Deus, mas também passa pelo desdobramento daquela que são as dores dos homens e mulheres que estão distantes de Deus.

O Menino Jesus, entre os braços da sua Mãe, a Virgem Maria, foi oferecido no Templo para também nos revelar o caminho da obediência. Ele e Sua Mãe, que foi purificada, partilham da mesma obediência que os levará aos pés da cruz. A consagração celebrada neste dia, que causou alegria e conforto ao velho Simeão e Ana, aponta para o mistério da cruz, do Calvário.

Os consagrados da Igreja são chamados por Deus a estarem no meio da escuridão do mundo, levando a esperança luminosa de Deus. E estão no coração do mundo, não para acusar os pecadores, mas para levar-lhes a luz de Cristo. Todo consagrado deve ter a constante consciência que sua vida deve ser dedicada aos pobres, aos sofredores, aos pecadores… Como é estranho um consagrado que não se dedica exclusivamente às coisas de Deus e dos homens, que passa a pautar sua existência segundo os padrões mundanos, vivendo como se sua vida não estivesse mais comprometida para os outros.

Há um certo tempo, o Papa Francisco cunhou a maravilhosa frase que resume bem o estilo de vida de consagrados que o nosso povo espera: “Onde há os consagrados, há alegria”. Não se trata somente de uma frase, mas de um diagnóstico da realidade dos que realmente abraçam o caminho do sofrimento redentor de Cristo, como fez a Santíssima Virgem Maria, que viveu sua consagração a Deus de maneira exclusiva e feliz.

Neste ano jubilar, rezemos, especialmente, por todos os consagrados que arrefeceram na oferta de vida, para que se encham novamente da esperança que só pode vir de Deus, e continuem sendo testemunho vivo e luminoso da presença de Cristo no mundo. Rezemos pelos consagrados da Igreja!

Que Nossa Senhora, a fiel consagrada do Pai, desperte muitíssimos corações juvenis para o serviço da Igreja no coração da humanidade. Que as graças do Jubileu despertem muitíssimas, boas e santas vocações para a vida religiosa em nossa Paraíba.

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