Quem nunca ouviu a frase, “de médico e de louco todo mundo tem um pouco”? Se alguém tem uma dor de qualquer natureza, logo as receitas milagrosas aparecem, muitas vezes com interferência nas próprias receitas médicas: “este é melhor, curou..vai curar, é prego batido ponta virada, depois me conta….” Quais padrões movem a estes comportamentos para tantos e diversos assuntos, para peculiaridade que conscientemente não existem, mas eclodem em algum momento? Os temas são amplos e diversos.

Como já trouxe aqui, não sou psicóloga. Minha formação é em Bacharelado em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo. Mas não nego uma paixão gigante pela psicologia. Deve ser por isso que me dou tão bem com estes profissionais.

Minha sobrinha Andreza é uma psicóloga por excelência, minha Gerente de Vendas Aghata que é excepcional, o maravilhoso Rossandro Klinjey. Tenho vários amigos que transitam por este universo das emoções, assim, acabo trilhando com algum conforto, porque além da atração, há curiosidade. Por isso, hoje vou me arriscar em um tema que para mim é muito apaixonante, obviamente de maneira leve e sem a pretensão de profundidade, mas que ainda assim dará uma boa visão sobre o tema: Arquétipos. Os Modelos Mentais que Guiam Nossa Vida”

Os arquétipos, são padrões emocionais e comportamentais universais que se manifestam em todos nós, guiando nossas atitudes e experiências. Segundo Carl Jung, o conceito de arquétipos está intimamente ligado ao inconsciente coletivo, uma camada da psique humana compartilhada por todos os seres humanos, onde esses padrões e imagens são armazenados. Jung acreditava que esses arquétipos não podem ser “ativados” de forma consciente, mas podem emergir ou ser reconhecidos ao longo da vida, como uma forma de autoconhecimento e processo de individuação. Encantador, não é mesmo?

Sobre os cinco arquétipos mais conhecidos, embora existam variações e diferentes formas de classificação, muitos estudiosos de Jung e psicologia usam uma categorização que foca em cinco tipos principais que ajudam a entender as características da personalidade humana.

Aqui estão os cinco arquétipos mais comuns:

1. O Herói – É aquele que enfrenta desafios e lutas para alcançar uma transformação pessoal ou ajudar os outros. Ele busca vencer obstáculos, melhorar o mundo e é movido pela coragem. Sua jornada é muitas vezes marcada por superação e descoberta de sua força interior.

Como ativar: Enfrentando desafios de forma corajosa, superando suas inseguranças e buscando crescimento. Se você se encontra em um momento de mudança ou transformação, pode estar ativando o arquétipo do Herói.

2. O Sábio – Busca o conhecimento e a sabedoria. Ele é movido pela curiosidade e deseja compreender as leis do universo. Muitas vezes, o Sábio é aquele que nos oferece conselhos profundos e ponderados.

Como ativar: Investindo em estudos, reflexões profundas ou buscando respostas para perguntas existenciais. Quando você se encontra em busca de clareza e compreensão, o Sábio pode estar ativo.

3. O Rebelde – Questiona a autoridade e os sistemas estabelecidos. Ele busca a mudança e a transformação, sendo movido por um desejo de romper com normas e encontrar novas formas de ser e viver.

Como ativar: Ao desafiar normas ou padrões estabelecidos, ao buscar sua própria liberdade e autenticidade, ou ao sentir o impulso de quebrar convenções sociais.

4. O Cuidador – É aquele que se dedica aos outros com amor e altruísmo. Sua principal motivação é proteger, ajudar e apoiar os outros, cuidando de suas necessidades emocionais e físicas.

Como ativar: Quando você se dedica ao bem-estar dos outros, seja no cuidado com a família, amigos, ou até em sua profissão, o arquétipo do Cuidador ganha vida.

5. O Criador – É motivado pela necessidade de criar algo, seja uma obra de arte, uma ideia ou uma solução inovadora. Ele vê o mundo com olhos criativos e busca a expressão máxima da originalidade.

Como ativar: Quando você se envolve com projetos criativos ou sente uma necessidade irresistível de criar algo, seja no campo artístico, intelectual ou inovador

Carl Jung acreditava que esses arquétipos moldam nossas emoções, pensamentos e comportamentos sem que tenhamos controle consciente sobre eles. Jung sugeriu que, ao explorar esses padrões, podemos compreender melhor a nós mesmos e nosso papel no mundo, o que leva ao processo de individuação, ou seja, a integração das diferentes facetas da personalidade em um todo mais equilibrado.

Não sei o meu, mais quero ativar aquele que me identifico. Como fazer para ativá-lo?

“Ativar um arquétipo” pode ser interpretado de várias maneiras. Muitas vezes, implica o reconhecimento de um padrão inconsciente que, uma vez identificado, pode ser integrado conscientemente ao nosso comportamento. No entanto, cativar arquétipos também pode envolver um processo de autosacrifício do ego – um desprendimento da persona (a máscara social que usamos) e uma possível repressão de aspectos da psique que não consideramos agradáveis. Esse processo de desidentificação com o ego e com a persona é um aspecto importante no caminho da individuação, onde o objetivo é integrar as várias partes da psique (inclusive as mais sombrias) de forma a criar uma versão mais autêntica de nós mesmos.

Ok, Ok, não quero desenvolver, mas tenho curiosidade de saber qual é o meu arquétipo!

A descoberta de seu arquétipo passa por um processo de reflexão e auto-observação. Aqui estão algumas dicas práticas para identificar seu arquétipo:

Reflexão sobre suas preferências e comportamentos: Pergunte a si mesmo o que você gosta de fazer, como reage a diferentes situações ou como se comporta diante de desafios. Essas respostas podem te guiar para um arquétipo específico.

Histórias e personagens que ressoam com você: Quais são os tipos de histórias ou personagens com os quais você mais se identifica? Um herói clássico? O sábio mentor? Ou talvez o rebelde que desafia as normas?

Reações em diferentes situações: Como você reage em momentos de crise ou desafio? Você tende a correr para ajudar os outros, a questionar a autoridade ou a buscar soluções criativas? Suas reações podem ser um reflexo direto de um arquétipo em ação.

A principal diferença entre alguém que tem consciência de seus arquétipos e alguém que não tem é o autoconhecimento. Pessoas que entendem seus arquétipos podem navegar pela vida com mais clareza, pois reconhecem padrões em seu comportamento e emoções. Elas podem usar esse conhecimento para tomar decisões mais conscientes, lidar com conflitos internos e viver de forma mais alinhada com sua verdadeira natureza. Por outro lado, quem não tem essa consciência pode se sentir mais confuso, como se estivesse sempre reagindo de forma impulsiva e sem compreender as forças que estão em jogo na sua psique.

Além disso, quem entende seus arquétipos tende a ser mais capaz de se adaptar e evoluir ao longo da vida, enquanto quem não entende esses padrões pode continuar preso a padrões repetitivos ou não compreendidos, sem perceber como as forças arquetípicas moldam suas experiências.

Em resumo, a consciência dos arquétipos é uma ferramenta poderosa de autodescoberta, permitindo que possamos viver uma vida mais plena e autêntica, em harmonia com os nossos desejos e os desafios que a psique nos propõe.

Por fim não sei se ajudei ou baguncei sua cabeça, mas creio que pelo menos o “bichinho da curiosidade” foi aguçado. Em função disso não posso finalizar o texto sem a famosa pergunta que de um milhão: E aí, já identificou o SEU Arquétipo?