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Cardeal e Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil.
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O Dia dos Pais (que transcorre este mês) é uma ocasião especial para expressar amor e gratidão aos pais. Não deve ficar refém do mercado, reduzido ao forte apelo comercial.
Os presentes adquiridos no comércio podem ter o seu lugar e significado, mas não substituem os presentes maiores a serem oferecidos gratuitamente no dia a dia: o amor e a gratidão que se expressam em gestos de afetuosa proximidade filial.
Considerando os graves problemas sociais que causam tanto sofrimento às nossas famílias, é importante dar especial atenção e apoio aos pais em situação de maior vulnerabilidade, idosos, enfermos, desempregados, os que sofrem com a pobreza e a violência.
Pai tem coração! Pai ama! Pai se alegra e chora, participando da grandeza e da fragilidade da pessoa humana. O amor de mãe costuma ser mais facilmente admitido, ainda que nem sempre seja devidamente reconhecido. Contudo, o verbo “amar” também é conjugado pelos pais.
Há muitos pais que demonstram amor pelos filhos, sacrificando a vida por eles, gastando o seu tempo e seus bens em favor deles. O amor paterno está marcado pela gratuidade. Antes que o filho pudesse manifestar amor ou gratidão, é o pai quem dele cuida quando pequenino ou doente, juntamente com a mãe, passando noites sem dormir.
Há inúmeros pais que deixam de comprar algo para si, para que os filhos tenham o necessário para viver. Há pais que deixam de comer, para que os filhos tenham o pão de cada dia. Há pais que enfrentam duras jornadas de trabalho para sustentar os seus filhos.
Há pais que sofrem com a migração forçada para buscar melhores condições de vida para os filhos. Estes e tantos outros gestos podem ser recordados como sinais do amor de pai para filho.
Todo pai já viveu a condição de filho. Muitos filhos viverão a condição de pais. É tempo para pais e filhos crescerem no amor e gratidão. O Dia dos Pais estimula a retribuir o amor do pai com o amor de filho, oferecendo-lhe os presentes mais preciosos: o respeito, a compreensão, a proximidade filial, o abraço carinhoso, o apoio e, se necessário, também o perdão, pois quem ama perdoa.
Em algumas situações, o perdão e a reconciliação podem ser muito necessários. Uma pessoa reconciliada com a sua família caminha rumo ao amadurecimento humano-afetivo e à verdadeira felicidade. Ao contrário, quem se recusa a perdoar e a estabelecer relacionamentos fraternos tende a carregar no coração a amargura e a inquietação.
Como o nosso amor nunca é perfeito, necessitamos sempre do amor daquele que é o Pai de todos. O amor de Deus, que é Pai, sustenta os pais e os filhos na bela e permanente tarefa de amar. Amar como Deus Pai nos ama. Amar, contando com a força do amor do Pai, que torna possível e forte o amor de pais e filhos.
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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